A história da servidora
Kasuelinda Nakashima Vieira com o Poder Judiciário de Rondônia começou há quase
vinte anos, quando ela ingressou no quadro de servidores como conciliadora dos
juizados especiais em Porto Velho. Mas a vocação para atuação na área jurídica
deu sinais logo na infância, por influência do pai, Kazunari Nakashima, que
chegou em Rondônia no final da década de 1970 e se tornou Procurador Geral do
Tribunal de Contas.
Na juventude, Kasuelinda
entrou na faculdade de Direito, assim como outros dois, dos três irmãos. Na
época, ela precisou sair do estado para cursar a faculdade em Marília, interior
de São Paulo. Mas não ficava longe por muito tempo. “Nas férias sempre
aproveitávamos para fazer estágio ou acompanhar audiências e adquirir conhecimentos”,
lembra.
Em março de 2000, Kasuelinda
se tornou servidora do Poder Judiciário de Rondônia e logo no início da
carreira na instituição, encarou um desafio: atuar na Operação Justiça Rápida,
levando atendimento a comunidades distantes, como os distritos localizados no
Baixo Madeira. Um trabalho que exige além do conhecimento jurídico. Foram
dezenas de deslocamentos feitos por terra e até a bordo de embarcações em
longos trajetos integrando a equipe de magistrados e servidores. Alguns,
marcados pela emoção. “Me lembro também do gosto do suco natural de caju,
espremido na mão pela tia da escola, que não tinha energia. Me lembro do
sorriso dos 10 membros de uma mesma família do Baixo Madeira em 2000 ao receber
pela primeira vez a certidão de nascimento”.
Em 2002, Kasuelinda atuou na
sede do TJRO, onde permaneceu até 2010, quando retornou aos juizados como
assessora do juiz. “Além de trabalhar como Assessora nos juizados da Fazenda
Pública, tive a chance de voltar a operação como Escrivã em 2012 e fazer parte
da coordenação do Projeto”, recorda. A partir de 2013, se tornou Supervisora do
Cejusc e continuou à frente da Operação. Em quase vinte anos de atuação, a
servidora coleciona relatos emocionantes e inesquecíveis, como em 2014. “Posso
dizer que a primeira imagem, pós enchente me marcou muito, pois a falta de
água, falta de alimentos, isso nos entristeceu muito, a comunidade queria
semente de frutas, para iniciar um plantio de mamão, as casas estavam cobertas pelos
sedimentos do rio Madeira”, se emociona. Foi em 2014 também, que ela participou
da realização de um casamento comunitário no Baixo Madeira que marcou a
história da comunidade local. “Foi bom ver a felicidade estampada no rosto de
cada um que confirmava os votos na hora do casamento”.
Outras memórias da operação,
marcam sua trajetória, como longos percursos para ter acesso às comunidades. Na
estrada da Gleba Rio Parte, um percurso de 90 Km, chegou a ser feito em cinco
horas por conta de um temporal e queda de árvores na Reserva do Bom Futuro. Desafios
que são superados pela vontade de levar o serviço à comunidade. “A cada
operação realizada nas localidades, fico orgulhosa pelo dever cumprido. A
satisfação em ver o sorriso no rosto de uma criança quando tem sua paternidade reconhecida.
Me sinto realizada como servidora pública, em poder levar a Justiça nas
localidades de difícil acesso”, finaliza.
O Trabalho de Kasue, como é mais conhecida, faz Justiça.
Se precisar, entre em contato.
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