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Meu trabalho faz justiça: uma emissária da cidadania

Servidora Kasuelinda Nakashima dribla dificuldade de acesso para levar justiça à comunidades distantes

24/10/2019 11:09

A história da servidora Kasuelinda Nakashima Vieira com o Poder Judiciário de Rondônia começou há quase vinte anos, quando ela ingressou no quadro de servidores como conciliadora dos juizados especiais em Porto Velho. Mas a vocação para atuação na área jurídica deu sinais logo na infância, por influência do pai, Kazunari Nakashima, que chegou em Rondônia no final da década de 1970 e se tornou Procurador Geral do Tribunal de Contas.

Na juventude, Kasuelinda entrou na faculdade de Direito, assim como outros dois, dos três irmãos. Na época, ela precisou sair do estado para cursar a faculdade em Marília, interior de São Paulo. Mas não ficava longe por muito tempo. “Nas férias sempre aproveitávamos para fazer estágio ou acompanhar audiências e adquirir conhecimentos”, lembra.

Em março de 2000, Kasuelinda se tornou servidora do Poder Judiciário de Rondônia e logo no início da carreira na instituição, encarou um desafio: atuar na Operação Justiça Rápida, levando atendimento a comunidades distantes, como os distritos localizados no Baixo Madeira. Um trabalho que exige além do conhecimento jurídico. Foram dezenas de deslocamentos feitos por terra e até a bordo de embarcações em longos trajetos integrando a equipe de magistrados e servidores. Alguns, marcados pela emoção. “Me lembro também do gosto do suco natural de caju, espremido na mão pela tia da escola, que não tinha energia. Me lembro do sorriso dos 10 membros de uma mesma família do Baixo Madeira em 2000 ao receber pela primeira vez a certidão de nascimento”.

Em 2002, Kasuelinda atuou na sede do TJRO, onde permaneceu até 2010, quando retornou aos juizados como assessora do juiz. “Além de trabalhar como Assessora nos juizados da Fazenda Pública, tive a chance de voltar a operação como Escrivã em 2012 e fazer parte da coordenação do Projeto”, recorda. A partir de 2013, se tornou Supervisora do Cejusc e continuou à frente da Operação. Em quase vinte anos de atuação, a servidora coleciona relatos emocionantes e inesquecíveis, como em 2014. “Posso dizer que a primeira imagem, pós enchente me marcou muito, pois a falta de água, falta de alimentos, isso nos entristeceu muito, a comunidade queria semente de frutas, para iniciar um plantio de mamão, as casas estavam cobertas pelos sedimentos do rio Madeira”, se emociona. Foi em 2014 também, que ela participou da realização de um casamento comunitário no Baixo Madeira que marcou a história da comunidade local. “Foi bom ver a felicidade estampada no rosto de cada um que confirmava os votos na hora do casamento”.

Outras memórias da operação, marcam sua trajetória, como longos percursos para ter acesso às comunidades. Na estrada da Gleba Rio Parte, um percurso de 90 Km, chegou a ser feito em cinco horas por conta de um temporal e queda de árvores na Reserva do Bom Futuro. Desafios que são superados pela vontade de levar o serviço à comunidade. “A cada operação realizada nas localidades, fico orgulhosa pelo dever cumprido. A satisfação em ver o sorriso no rosto de uma criança quando tem sua paternidade reconhecida. Me sinto realizada como servidora pública, em poder levar a Justiça nas localidades de difícil acesso”, finaliza.

O Trabalho de Kasue, como é mais conhecida, faz Justiça.


Clique aqui para ver outros destaques da série: Servidor Eliel Batista

                                                                                     Servidora Evelin Oliveira

                                                                                     Servidor Douglas Simões


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