Quem chega no edifício-sede do Tribunal de Justiça de Rondônia em Porto Velho é sempre bem recebido. Mas além da cordialidade dos servidores, um detalhe chama atenção durante a recepção: é servidor Clodoaldo. Além da simpatia, a maneira divertida e única de se vestir, fazem do servidor um ícone do PJRO, que nunca passa despercebido. Mas o que nem todo mundo que trabalha no edifício-sede sabe é que ele se destaca não apenas de forma literal, mas também pelo seu desempenho na instituição.

A jovialidade no atendimento mascara a idade do servidor, que completou esse ano 70 anos é um pioneiro na segurança do TJ e nem pensa em aposentadoria por enquanto. Desde 1982, ano de instalação do Estado, ele está no Tribunal de Justiça de Rondônia. “Entrei na gestão do desembargador Fouad Darwich. São 37 anos de Tribunal, conheci todos os presidentes”, recorda.

E mesmo depois de quase quatro décadas de serviços prestados, ele se sente sempre muito disposto a trabalhar, sem relaxar no visual. São ternos e calças coloridas, camisas com estampas distintas, mas o que mais atrai a curiosidade mesmo, são os sapatos, cheios de detalhes e brilhos difíceis de encontrar em lojas tradicionais. “Tenho mais de vinte sapatos, todos eu mando buscar fora do estado”, conta, mostrando um modelo vermelho com detalhes dourados.

O capricho no visual também requer disciplina. Isso porque para chegar elegante, ele tem todo um preparativo, que, segundo ele, começa no dia anterior, com a escolha da roupa. “Sempre gostei de andar bem arrumado, mas também diferenciado”. A cautela é para garantir a pontualidade, afinal ele chega no TJ antes mesmo de o sol nascer.

 Mas se engana quem pensa que o trabalho dele é só cumprimentar os servidores, magistrados, advogados e visitantes. A função que ele desempenha na Coordenadoria de Segurança Patrimonial e Humana, agente de segurança, vai além da cortesia. Sempre atento a quem entra e sai da instituição, ele auxilia nos cadastros e garante que todos cumpram as regras de segurança do Tribunal, um trabalho delicado, mas que ele cumpre à risca. “Quando a gente trabalha com o público, muitas vezes temos que ter jogo de cintura para contornar algumas situações. Mas o importante é que eu tenho muito amor pelo trabalho”, diz. 

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