Nunca tivemos tanto acesso à informação como nos dias
atuais. Essa abertura de campo tem gerado como consequência, características
históricas e culturais que definem nosso modo de vida e que nem sempre
favorecem nossa saúde.
Exemplo disso temos a elevação do índice de transtornos
mentais como a ansiedade e depressão. A OMS alerta que, até 2020, a depressão
será a doença mais incapacitante do mundo. Já a Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP) estima que entre 20% e 25% da população tiveram, têm ou terão
um quadro de depressão em algum momento da vida. O Brasil é o país com a maior
taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de
depressão. Segundo estimativas da OMS, 9,3% dos brasileiros têm algum
transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população.
Mas, apesar de nossas dores, somos compelidos a manter um
nível de produtividade inabalável, acrescido de uma conectividade ininterrupta.
Então, se por acaso você tiver uma dor de cabeça, beba logo um analgésico. Se
você está atravessando um momento difícil, tome logo um ansiolítico; se está
sofrendo com perdas, tome logo um antidepressivo.
Pode parecer um exagero, mas a maior parte das pessoas hoje
em dia, acaba funcionando dessa maneira. Na busca por soluções, muitas vezes
queremos o que é mais fácil e rápido, mesmo que seja só um paliativo. Isso pode
gerar um distanciamento emocional de si mesmo, contribuindo para ampliar o
problema e não criar uma solução.
É claro que existem situações onde é necessário a
administração de medicamentos para uma efetivação do tratamento. Mas, quando
sentimos uma dor de cabeça, um aperto no peito, uma aceleração na respiração, o
nosso corpo está nos enviando uma informação de que algo não está bem. Se não
pararmos para ouvir nossas emoções e traduzi-las em sentimentos, corremos o
risco de nos desconectarmos de nós mesmos.
Algumas emoções desagradáveis são inevitáveis na vida e o
que precisamos é apenas aprender a lidar com elas. É assim quando perdemos um
ente querido ou enfrentamos conflitos interpessoais. Fortalecer nossa saúde
mental pode ser mais efetivo do que usar uma medicação. Buscar atendimento
profissional é sempre um bom recurso!
Se precisar, entre em contato.
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