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Primeiras transmissões ao vivo da Emeron abordam proatividade na pandemia e vivências LGBTQ+

Na última semana, a Emeron iniciou as atividades a distância no formato de lives; eventos estão disponíveis no canal da Emeron no YouTube

02/07/2020 10:23

Na última semana de junho, a Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) deu início à realização de suas atividades de Educação a Distância (EaD) de ordem técnica, gerencial e comportamental, no formato de lives. As ações virtuais foram normatizadas, enquanto durar o período de distanciamento social decorrente da pandemia da Covid-19, pela instrução nº 2/2020 da Emeron, publicada no Diário da Justiça do dia 19 de junho.

Na sexta-feira (26), ocorreu a palestra digital para magistrados e servidores do Tribunal de Justiça de Rondônia, com o título “Proatividade em tempos de pandemia”, ministrada pela juíza federal Ana Cristina Monteiro de Andrade e Silva, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O evento ao vivo abordou as ações de proatividade, iniciativas para otimizar tarefas, antever imprevistos e conduzir os desafios do novo cenário mundial com assertividade e leveza.

A palestra foi aberta pelo vice-diretor da Emeron, juiz Edenir Albuquerque da Rosa, que introduziu a ministrante: “Olha só o que a pandemia faz, faz a gente se superar da tragédia ou situação de dificuldade e ver soluções e outras coisas boas acontecendo, e a sua palestra é uma delas, para aproveitarmos ao máximo”. Doutora em Administração e formadora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), na temática Gestão de Pessoas no Poder Judiciário, Ana Cristina apresentou a teoria da proatividade do psiquiatra austríaco Viktor Frankl, além de dicas aos gestores de como enfrentar esses tempos desafiadores.

“Viktor descobriu que entre o estímulo e a resposta, existe a liberdade de escolha, assim podemos decidir todas as coisas que nos afetam”, explica a magistrada. Ela diz que o segredo principal da mente proativa é subordinar o impulso a um valor, não respondendo imediatamente ao estímulo sem resguardar seus valores. Por fim, Ana Cristina discorreu sobre influência e preocupação, e como destinar a energia de forma proativa, orientando os gestores a lidar com as equipes com base nesses conceitos.

Vivências LGBTQ+

Na terça-feira, 30, aconteceu a primeira live da Emeron aberta ao público geral (com certificação de 2 horas-aula), o fórum “Vivências LGBTQ+ no ambiente institucional: Perspectiva legal e caminhos afirmativos”, em alusão ao encerramento do Mês Internacional do Orgulho LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans, queer e outras), comemorado anualmente em junho. Três servidores, da Emeron e TJRO, trouxeram depoimentos relatando suas vivências, inclusive no ambiente corporativo, e abordaram ainda: identidades trans, violência LGBTfóbica, legislação relacionada a essa população e ações afirmativas.

Eles foram mediados pela juíza Úrsula Gonçalves Theodoro Souza, mestre em Direitos Humanos e Desenvolvimento da Justiça (Universidade Federal de Rondônia/Emeron) e formadora em gestão de pessoas, mediação e conciliação. A magistrada do TJRO fez a abertura do fórum online, mencionando a origem e importância do Mês do Orgulho para a comunidade LGBTQ+, bem como da iniciativa da Emeron em alinhamento ao Pacto Global, da qual é signatária, na busca pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), entre eles atuar no respeito à dignidade humana e trabalho decente a todos.

O primeiro palestrante foi o técnico judiciário Herbert William Ramos, estudante de psicologia e lotado na Divisão de Formação da Emeron. O servidor contou sua história de vida, permeada por reflexões como a diferença entre aceitação e respeito: “Dar o respeito devido é olhar uma segunda vez, com um olhar que ultrapasse o preconceito”. No ambiente institucional, Herbert explicou como o respeito é “essencial para garantir a liberdade, a representatividade, a humanidade de todos os servidores e da população atendida pelo nosso Tribunal”.

Jornalista da Emeron, Gustavo disse que o fórum por si só já era um símbolo de acolhida institucional. Ele apresentou o significado da sigla LGBTQ+ (e outras letras derivadas), além das diferenças entre sexo, identidade de gênero e orientação sexual, e ao final tratou da invisibilidade e mesmo ausência da população T (travestis, transexuais e transgêneros) em ambientes corporativos como o do TJRO. Parafraseando o movimento Vidas Negras Importam, o servidor afirmou: “Não basta não ser LGBTfóbico, é preciso ser anti-LGBTfóbico”.

Por fim, o analista e professor Leandro Fonseca Missiato, mestre em Psicologia, falou sobre as experiências homoafetivas em todo tipo de instituição, mesmo fora do ambiente do trabalho, partindo da família e da escola. “O sofrimento, enclausuramento e silenciamento sobre os corpos e vivências homoafetivos começam desde o nascimento”, pontuou. O psicólogo elencou as violências a que a população LGBTQ+ está sujeita, com base nos códigos da heteronormatividade: “Elas representam um processo que está em curso secularmente, para o aniquilamento dessas vidas”.

Úrsula fez o fechamento do evento, com uma fala sobre os direitos já alcançados para a comunidade, principalmente por meio de decisões de tribunais superiores a partir da falta de ação do legislativo, como a recente criminalização da LGBTfobia em equiparação ao racismo, ou ainda o casamento homoafetivo. “Na ausência desse espaço político de discussão desses direitos, o Poder Judiciário e o ativismo jurídico, no estabelecimento de direitos onde há violações, recheiam com muita qualidade o debate dessas questões”, concluiu.

Os dois eventos estão disponíveis na íntegra no canal da Emeron no YouTube (www.youtube.com/EscolaEmeron).

Magistrados, servidores, docentes e discentes dos cursos promovidos pela Escola podem encaminhar propostas de outras ações educacionais ao e-mail pedagogicoemeron@gmail.com. A Emeron disponibiliza também em seu site um formulário, com as informações que devem ser enviadas.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron

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