Nas últimas semanas, duas pós-graduações lato sensu da Escola
da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) deram continuidade às
apresentações de trabalhos de conclusão de curso (TCC): a Especialização em
Direito para a Carreira da Magistratura (EDCM) e a em Gestão Cartorária
Judicial (Gesc). O mestrado profissional em Direitos Humanos e Desenvolvimento
da Justiça (DHJUS), oferecido pela Universidade Federal de Rondônia (Unir) em
parceria com a Emeron, também teve nova defesa de dissertação, do desembargador
do Tribunal de Justiça de Rondônia e acadêmico José Jorge Ribeiro da Luz. Todas
as bancas ocorreram a distância, pela plataforma Google Meet ou com transmissão
ao vivo no YouTube da Escola.
No dia 29 de setembro, a aluna da EDCM Cinthia Noronha apresentou, pelo
YouTube, sua monografia sobre justiça restaurativa, em que reforça o método como
adequado para resolução de conflitos. Orientada pela professora da Emeron e magistrada
do TJRO Úrsula Souza, a acadêmica foi a segunda da especialização a apresentar
seu TCC no formato de live, após outra colega em setembro, ambas alunas da
turma 2019 do núcleo da Escola em Ji-Paraná.
Participaram da avaliação as juízas do TJRO Denise Pipino e Larissa
Pinho, coordenadora da EDCM na cidade, além da convidada externa Catarina
Corrêa, magistrada do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,
onde coordena o Programa Justiça Restaurativa. Todas as bancas da
especialização transmitidas ficam disponíveis para visualização no canal da
Emeron (youtube.com/EscolaEmeron). A próxima a apresentar, igualmente da cidade
do centro do estado, será Ana Paula Menegaz, nesta quarta-feira (14), às 16h
(hora de RO), também no YouTube, com o tema Crimes Cibernéticos e orientação do
professor do curso e juiz Ivens Fernandes.
No último dia 3, ocorreu via Google Meet a parte final do seminário
para apresentação dos TCCs da turma da Gesc, com a segunda metade dos 26 concluintes
da especialização, voltada a servidores do TJRO lotados em cartórios de todo o
estado. Entre os temas pesquisados, estiveram assuntos como: a importância da motivação
no trabalho para a qualidade de vida dos servidores das varas criminais; gestão
de unidade judiciária e unificação dos procedimentos de trabalho judiciário
para a celeridade processual; e inovações tecnológicas frente à gestão de
cartório judicial.
A primeira parte do seminário havia ocorrido no dia 11 de setembro
e, na semana seguinte, os acadêmicos tiveram o último dos 20 módulos do curso, da
disciplina Prática Cartorária, ministrada pelo professor e magistrado Arlen
Souza. Com a apresentação final dos trabalhos, que foi novamente conduzida pela
ministrante do módulo Metodologia e Pesquisa Científica, Ione Konzen, a
terceira turma da Gesc está encerrada e os servidores receberão o certificado
da pós-graduação de 490 horas.
Mestrado
Por fim, na última sexta-feira (9), aconteceu mais uma banca do
DHJUS, também pelo Google Meet. O desembargador José Jorge defendeu a
dissertação “Levantamento de Inquéritos sobre Tortura em Unidades Prisionais de
Porto Velho-RO: A (in)visibilidade da tortura e as propostas de enfrentamento
do problema”. O trabalho trata da investigação da tortura praticada dentro das
prisões, na capital do estado. O magistrado estudou o panorama mundial,
regional e local, abordando a disseminação da prática, da Inquisição à ditadura
militar brasileira, e discorrendo sobre os períodos em que era
“institucionalizada” e inerente às próprias funções reais ou estatais.
“Como objetivo geral, pretendeu-se pesquisar sobre os inquéritos policiais
inconclusos, onde o crime de tortura tenha supostamente ocorrido em uma unidade
prisional e praticado por um agente estatal, a fim de estabelecer os entraves
ao andamento da investigação desses crimes em suas variadas modalidades”,
afirma José Jorge. Ele conclui que há indícios de ocorrência de tortura em
todas as unidades prisionais pesquisadas, devido a uma complexidade de fatores
como os culturais, os decorrentes de superlotação, a falta de condições de
trabalho e a impunidade.
Ao final, o acadêmico sugere uma série de medidas de enfrentamento,
que perpassam por reciclagem periódica de agentes, mediante treinamentos não-torturantes,
reeducação para Direitos Humanos e sua transversalidade, novas formas de
valorização da carreira de agente penitenciário, incorporação de tecnologias de
aferição de desempenho não-violento, entre outras. Compuseram a banca os professores
do DHJUS Delson Xavier e Rodolfo Jacarandá, orientador da pesquisa, e o juiz do
TJRO Sérgio William Teixeira, como membro externo.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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