Foi finalizado na última quinta-feira, 5, o curso “Desproteção
Social: Das medidas protetivas ao direito à convivência familiar e comunitária”,
promovido pela Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron) para 37 analistas do Tribunal de Justiça do Estado (TJRO), entre assistentes
sociais e psicólogos de comarcas da capital e interior, além de 13 participantes da rede de proteção, incluindo
gestores e profissionais da equipe técnica das unidades de acolhimento de Porto
Velho. A formação foi realizada no Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) da Emeron.
Iniciado no dia 21 de outubro, o curso abordou, ao
longo de 15 dias, como os participantes podem desenvolver práticas inovadoras
de ação profissional direcionadas aos direitos das crianças e dos adolescentes,
por intermédio das medidas protetivas, com ênfase à proteção integral e ao
direito à convivência familiar e comunitária. Segundo a assistente social
Viviani Bertola Oertel, chefe da Seção de Fiscalização de Programas Protetivos
do TJRO, a formação foi uma das ações previstas na 1ª Semana de Convivência
Familiar e Comunitária de Crianças e Adolescentes em Situação de Acolhimento Institucional:
“O projeto é de autoria do Núcleo Psicossocial da Vara de Proteção à Infância e
Juventude de Porto Velho, e a capacitação teve como objetivo principal fomentar
as discussões sobre o acolhimento institucional, garantia da convivência familiar
com foco nas famílias de origem/biológicas das crianças e adolescentes
acolhidos”.
A abertura foi feita pela magistrada Euma
Tourinho, da Vara de Proteção à Infância e Juventude. Ministrada por Alberta
Goes, doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo e assistente social judiciária na Vara da Infância e Juventude do
Tribunal de Justiça de São Paulo, a formação proporcionou uma visão panorâmica
acerca dos aspectos relacionados à desproteção e vulnerabilidade social a que
está submetida grande parte da população brasileira e, em especial, as famílias
de origem de crianças e adolescentes sob medida protetiva de acolhimento
institucional.
O curso visou, ainda, contribuir para o
desenvolvimento de alinhamento conceitual acerca da trajetória histórica e
social da proteção social às crianças e adolescentes, evidenciando marcos
legais e conceituais por intermédio das medidas protetivas (previstas no
Estatuto da Criança e do Adolescente), além de discutir os impactos do acolhimento
institucional sobre crianças e adolescentes e oportunizar a reflexão sobre
outras possibilidades de proteção social. Na primeira unidade, Alberta abordou
a desproteção e vulnerabilidade social, expressões da questão social, políticas
sociais, organizações familiares, conservadorismo e moral na atuação com
família.
As atividades envolveram webconferências com a
turma, oficinas de estudo e debate em grupo e fóruns de discussão e chats
individuais, além das videoaulas. A segunda unidade trouxe os marcos históricos,
sociais e legais acerca da proteção social de crianças e de adolescentes, e as
medidas protetivas (ECA) com ênfase ao acolhimento institucional, enquanto a
unidade final tratou das medidas alternativas a esse acolhimento, famílias
substitutas, planos e propostas de ação profissional.
Para Sayonara Souza, chefe do Núcleo Psicossocial da Vara de
Proteção à Infância e Juventude, o curso superou as expectativas: “Alberta é
uma profunda conhecedora dessa área de proteção à criança e adolescente, das unidades
institucionais e do Sistema Único de Assistência Social (Suas), trouxe uma
visão muito humanista, de que o primeiro lugar da criança é na sua família de
origem, que nós temos que envidar esforços para garantir que a criança
permaneça em sua família, enfatizando esse direito à convivência familiar e
comunitária que todas as crianças têm”. A servidora aponta que ainda faltam
políticas públicas que deem respaldo e proteção a essa família. “Mesmo assim, o
judiciário é uma instância de poder que decide a vida das pessoas, então se os
técnicos não forem capacitados para ter esse olhar protetivo nas situações que
envolvem crianças e adolescentes, a gente pode às vezes cometer enganos, que
vão influenciar no resto da vida da criança”. Por tudo isso, Sayonara diz que
era uma capacitação sonhada pela equipe da vara: “Também por ser estendida a
toda a rede de proteção e ainda aos técnicos que atuam nas demais comarcas”.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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