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Divisão de Saúde do TJRO orienta prevenção contra IST

Saiba como e onde funcionam as instituições especializadas em Rondônia.

23/02/2021 10:45


O ato sexual é a única forma de transmissão? Quando fazer os testes? 

Informações sobre as infecções sexualmente transmissíveis – IST, nomenclatura que substituiu a DST (doenças sexualmente transmissíveis), foram levantadas pela Divisão de Saúde do Tribunal de Justiça de Rondônia - Disau, em alusão à campanha de prevenção, tradicionalmente realizada durante o mês de fevereiro. Confira, a partir de hoje, o trabalho integrado desenvolvido por instituições da Saúde, bem como os eixos de intervenção, canais e endereços dos serviços especializados em Rondônia, com orientações sobre como e quando fazer exames. 

A Coordenadora Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da Agevisa-Sesau/RO, Gilmarina Silva Araújo, explicou detalhadamente à Disau do TJRO, em entrevista, assuntos como cuidados preventivos, programas e tratamentos específicos, realizados nos 52 municípios rondonienses.  

Na entrevista, a mudança da nomenclatura de DST (doenças sexualmente transmissíveis) para infecções sexualmente transmissíveis-IST foi explicada como uma atualização da estrutura regimental do Ministério da Saúde. A melhor adequação técnica e a utilização do termo pela Organização Mundial de Saúde bem como pelos principais Organismos relacionados com o tema motivaram a alteração. Veja a entrevista:

1. Por que houve a mudança da nomenclatura de DST's para IST's?

O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecção Sexualmente Transmissível/DCCI passa a usar a nomenclatura “IST” (infecções sexualmente transmissíveis) no lugar de “DST” (doenças sexualmente transmissíveis). A nova denominação é uma das atualizações da estrutura regimental do Ministério da Saúde por meio do pelo Decreto nº 8.901/2016 publicada no Diário Oficial da União em 11.11.2016, Seção I, páginas 03 a 17. “O termo IST é mais adequado e já é utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos principais Organismos que lidam com a temática das Infecções Sexualmente Transmissíveis ao redor do mundo” “A denominação ‘D’, de ‘DST’, vem de doença, que implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Já ‘Infecções’ podem ter períodos assintomáticos (sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, por exemplo) ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo (casos da infecção pelo HPV e vírus do Herpes) e são somente detectadas por meio de exames laboratoriais”.

2. Usar camisinha diminui 100% o risco de transmissão das IST's?

O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez. Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha. A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde dos 52 municípios do estado de Rondônia. Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST. A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as Pessoas Vivendo com HIV, redução de danos, entre outros.

3. Quais são os tipos de IST's mais comuns?

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. Apesar de o principal foco continuar sendo a prevenção de HIV/Aids, especialistas alertam para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e, especialmente, sífilis. São as IST mais comuns entre a população sexualmente ativa, que não usam preservativos.

4. Quais são os sintomas mais comuns das IST'S?

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua). O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual. São três as principais manifestações clínicas das IST: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais.

Corrimentos aparecem no pênis, vagina ou ânus. Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.  Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira. Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.  Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos. Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase. Importante! O corrimento vaginal é um sintoma muito comum e existem várias causas de corrimento que não são consideradas IST, como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal.

Feridas aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.  Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros.  Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo.

Verrugas anogenitais são causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado.  Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.

Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV, HTLV e pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.

Outra forma de manifestação clínica das IST é a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que decorre de gonorreia e clamídia não tratadas.  Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações. Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina.

5. A única forma de contrair as IST's é pelo ato sexual?

Não. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação (transmissão vertical), o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

6. Quais as consequências de não tratar as IST's?

Quando não tratadas adequadamente, as IST podem causar sérias complicações, além do risco aumentado de se contaminar com o vírus do HIV. Essas complicações podem ser: esterilidade no homem e na mulher (a pessoa não pode mais ter filhos); inflamação nos órgãos genitais do homem, podendo causar impotência; inflamação no útero, nas trompas e ovários, podendo evoluir para uma infecção generalizada, e até causar a morte; maiores chances de ter câncer no colo do útero, no pênis, no reto e canal anal; pode causar malformação no feto, aborto espontâneo e morte fetal.

7. Qual a função da Coordenadoria NISTHIV?

O controle das infecções sexualmente transmissíveis (IST), das hepatites virais, do vírus HIV e da Aids é a principal atribuição da Coordenação Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis/Aids e Hepatites Virais, que coordena e executa atividades para prevenção, diagnóstico e tratamento dos casos. As ações são realizadas em parceria com diversos setores da Secretaria Estadual de Saúde (SES), coordenações municipais e entidades da sociedade civil organizada que trabalham com esses agravos. As atividades são realizadas em consonância com os princípios e diretrizes do SUS, promoção dos direitos humanos e combate à discriminação e ao preconceito de gênero, raça, cor ou orientação sexual. O Núcleo trabalha com ações de prevenção como elaboração, reprodução e distribuição de material informativo educativo distribuído aos 52 municípios, além das ações de capacitar e qualificar os profissionais de saúde, que atuam na atenção primária à saúde na média e alta complexidade. Media os trabalhos de prevenção entre adolescentes nas escolas, pelo programa Saúde e Prevenção nas Escolas. Coordena rede de Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e a distribuição de preservativos masculinos, femininos e gel lubrificante, que é feita para todos os municípios do Estado, presídios, área indígena, CTA, Serviços de Assistência Especializada (SAE), organismos municipais de políticas para mulheres e ONGs. A assistência é feita por uma rede de SAE, capacitação de técnicos no manejo clínico dos pacientes, promoção de grupos de adesão, distribuição de medicamentos antirretrovirais e de medicamentos de infecções oportunistas. Os exames de CD4, Carga Viral e Genotipagem são garantidos para todos os pacientes. A Vigilância Epidemiológica no monitoramento dos casos de corrimento uretral em homem, sífilis adquirida, sífilis e HIV em gestantes, criança exposta, sífilis congênita e Aids em adultos e crianças é implementada a partir de oficinas e treinamentos para profissionais das regionais, dos municípios e dos serviços de saúde. A análise dos dados permite a elaboração de boletins que são publicados e possibilita a disseminação das informações, contribuindo para a tomada de decisões no enfrentamento das IST.

8. Quais são os canais e caminhos para obter ajuda no nosso Estado (sites, telefones, endereços)?

E-mail: dstaidsrondonia@yahoo.com.br ; Telefone (69) 3216 – 5254

Endereço dos Serviços Especializados:

Serviço de Atendimento Especializado - SAE - Município Rolim de Moura-RO: E-mail: saerolim@gmail.com ; Endereço: Rua Tocantins n° 5424, Bairro: Planalto. CEP 76940-000 Expediente: Segunda-feira a sexta-feira das 07h às 19h.

Serviço de Atendimento Especializado - SAE - Município Guajará Mirim-RO. E-mail: sae.gmirim@gmail.com ; Endereço: Avenida Antônio Correia da Costa s/n°, Bairro: Centro CEP 76850-000 Expediente Segunda-feira a sexta-feira das 08h às 14h.

Serviço de Atendimento Especializado – SAE - Município Porto Velho-RO. E-mail: saepvhsemusa@hotmail.com ; saepvhsemusa@gmail.com . Endereço: Rua Duque de Caxias, 1960, Bairro: São Cristóvão. CEP 76804-042. Expediente: Segunda-feira a sexta-feira das 07h às 19h.

SAE e CTA Viviane Magalhães Elias Quijado - Município Vilhena-RO. E-mail: ctavilhena@hotmail.com . Endereço: Rua Porto Velho, 178, Bairro: 5º BEC. CEP 76980-056.  Expediente: Segunda-feira a sexta-feira, das 08h às 12h e das 14h às 18h.

Serviço de Atendimento Especializado – SAE - Município Cacoal-RO. E-mail: sae@cacaucacoal@hotmail.com . Endereço: Avenida Amazonas, 2663, Bairro: Centro CEP 76.963.721 . Expediente: Segunda-feira a sexta-feira, das 07h às 13horas.

Serviço de Atendimento Especializado – SAE Município Costa Marques-RO. E-mail: nevesanez@hotmail.com Endereço Av. Limoeiro s/n (ao lado do Hospital) Bairro: Setor 1. CEP 76.937.000. Horário de Expediente Segunda-feira a Sexta-feira, das 13:30h às 17:30 horas.

Serviço de Atendimento Especializado – SAE Município Ariquemes-RO. E-mail: saeariquemes2016@hotmail.com . Endereço: Rua Quatro Nações, 3686, Bairro: Institucional CEP 76.873.000. Expediente Segunda-feira a Sexta-feira das 07h às 13:00 horas.

SAE e CTA Estadual na Policlínica Oswaldo Cruz Município Porto Velho-RO. E-mail: Sae.cta@hotmail.com . Endereço: Av. Governador Jorge Teixeira, 3862, Bairro: Industrial CEP 76821-096.  Expediente: Terça-feira a Quinta-feira, das 07:30 às 10:30h e das 13:30 às 17h.

Serviço de Atendimento Especializado - SAE Município Ji-Paraná-RO. E-mail: saedstaidsjiparana@hotmail.com . Endereço: R. Porto Velho, 2319, Bairro: Dom Bosco. CEP 76.907-736. Expediente: Segunda-feira a Sexta-feira, das 07 h às 14:00 horas.

Serviço de Atendimento Especializado - SAE Município Pimenta Bueno-RO. E-mail: Elianeoliveira_9@hotmail.com . Endereço: Av. Pinheiro Machado, 316, Bairro: Pioneiros. CEP 76970-000. Expediente: Segunda-feira a Sexta-feira, das 07h às 13:00 horas.

Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

Saiba mais sobre ISTs e instituições atuantes

Amanhã, mais informações sobre o tema serão divulgadas aqui. Conheça os eixos de intervenção onde se organizam as ações da Saúde estadual para esse tipo de infecção. 


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