A vigilância, prevenção e o controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs são um trabalho integrado, desenvolvido pela Coordenação Estadual de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais/Agevisa com as Instituições parceiras e de apoio ao Projeto Sífilis Não, organizado em cinco eixos de intervenção: Assistência, Vigilância, Gestão/Governança, Mobilização Social/Comunicação e Educação Permanente. Cada um dos eixos de intervenção demonstra as ações previstas em cada âmbito de atuação, bem como seus respectivos responsáveis. Confira as informações levantadas pela Disau do TJRO neste período alusivo à Campanha de prevenção contra IST.

Eixo de intervenção no âmbito da atenção básica

São ações deste eixo: priorizar e facilitar o acesso da gestante nas Unidades Básicas de Saúde para início precoce do pré-natal, ou seja, antes de 12 semanas de idade gestacional; realizar imediatamente o teste rápido de sífilis, HIV e Hepatite B para mulheres com suspeita de gravidez ou gestantes e priorizar exames de rotina do pré-natal evitando demora na coleta e entrega de resultados; captar o parceiro da gestante para participar do pré-natal do homem realizando os testes rápidos de sífilis, HIV e hepatite B;  garantir a realização de, pelo menos, sete consultas de pré-natal para todas as gestantes; garantir para 100% das gestantes a realização de testes rápidos de Sífilis, HIV e Hepatite B na 1ª consulta de pré-natal e no 3ª trimestre de gestação, conforme Protocolo Clínico de Diretriz Terapêutica, 2019 do Ministério da Saúde; garantir realização de exame VDRL mensal nos casos de teste rápido positivo para sífilis para o seguimento da gestante; garantir preenchimento adequado do cartão/caderneta da gestante com todas as informações relevantes para adequada assistência ao parto; realizar busca ativa das gestantes faltosas ao pré-natal; garantir aplicação da Penicilina G Benzatina em todas as unidades de saúde, principalmente naquelas que realizam pré-natal; notificar na ficha SINAN todos os casos de sífilis (adquirida, gestante e congênita), HIV e Hepatite Virais e garantir que as fichas cheguem à Vigilância Epidemiológica Municipal; investigar os casos de Sífilis Congênita conforme Protocolo de Investigação de Transmissão Vertical de Sífilis, HIV e Hepatite B e C; garantir o acompanhamento na atenção primária de toda criança exposta à Sífilis; garantir o seguimento referenciado por um período mínimo de dois anos de toda criança exposta à Sífilis, HIV e Hepatite B e C em serviços especializados; disponibilizar preservativos masculinos e femininos em 100% das Unidades Básicas de Saúde e demais pontos de atenção e locais estratégicos; e promover atuação integrada das equipes de estratégia de saúde da família e demais equipes de atenção básica com a equipe de referência em IST ou SAE/CTA do município.

Eixo da atenção especializada (maternidade e serviço de assistência especializada em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais)

Garantir a realização de teste rápido de sífilis, HIV e Hepatite B e C em 100% das parturientes admitidas na maternidade inclusive nos casos de abortamento, mesmo das gestantes que tenham sido testadas no pré-natal;  Garantir a realização de exame VDRL em amostra de sangue periférico em 100% dos recém-natos cujas mães apresentaram tratamento inadequado ou tenham diagnóstico de sífilis;  Garantir ao recém-nato a realização de radiografias de ossos longos e de exames laboratoriais (inclusive análise de líquor com VDRL) sempre que houver indicação clínica; Garantir o encaminhamento de 100% das puérperas com sífilis e dos respectivos recém-natos diagnosticados na maternidade para os serviços especializados e/ou atenção primária para o seguimento do tratamento;  Garantir o encaminhamento de 100% das puérperas com resultado de exame HIV + e Hepatite B/C reagente e os respectivos recém-natos diagnosticados na maternidade para os serviços especializados para o seguimento do tratamento; Garantir, durante o período de internação o tratamento do recém-nascido com Penicilina G Cristalina, conforme Protocolo do Ministério da Saúde; Notificar na ficha SINAN todos os casos de sífilis congênita, preenchendo todos os campos de informação corretamente.

Eixo Assistência Farmacêutica

Este Eixo distribui, para as seis Regionais de Saúde, os insumos estratégicos para enfrentamento da Sífilis, HIV e Hepatite B/C com vistas a facilitar à logística e garantir o abastecimento em todos os municípios (Penicilinas, Terapia Antirretrovirais, Medicamentos para Infecções Oportunistas, Fórmula Láctea, Kit de testes rápido, preservativos feminino, masculino e gel lubrificante).

Eixo da Vigilância Epidemiológica

Organizar o fluxo de notificação em todas as unidades de saúde (unidade básica, maternidades, hospitais, PA, UPA, outras);  Notificar/digitar no SINAN todos os casos de sífilis (adquirida, gestante e congênita), HIV, e Hepatites Virais;  Realizar a revisão e análise das fichas de notificação do SINAN, no âmbito da Vigilância Epidemiológica local, para garantir a qualidade da informação;  Implementar a correta utilização do SISLOGLAB em 100% dos municípios para gerenciamento da logística de distribuição, recebimento e execução de testes rápido; Garantir o registro fiel da execução dos testes rápido de sífilis, HIV, hepatite B e C no âmbito da atenção básica com os devidos códigos da tabela SIGTAP;  Promover atuação integrada das equipes municipais de referência em IST com equipes de estratégia de saúde da família e demais equipes de atenção básica;  Estimular a utilização dos protocolos do Ministério da Saúde para o manejo e tratamento adequado da sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita;  Estimular a utilização dos manuais técnico de diagnóstico da sífilis, HIV e Hepatites B e C;  Monitorar a utilização dos testes rápidos na Atenção Primária e acompanhamento das notificações de gestantes com sífilis, HIV e Hepatite B/C, bem como a efetiva investigação dos casos de transmissão vertical destes agravos;  Estimular a participação dos profissionais de saúde executores dos testes rápido nas rodadas do AEQ-TR para que se avaliem individualmente seu desempenho perante a execução de testes rápidos; e  Estimular a instituição dos Comitês Municipais de Investigação de Transmissão Vertical de Sífilis, HIV e Hepatite B/C.

Eixo Gestão e Governança

Monitoramento dos Comitês Municipais de Investigação de Transmissão Vertical de Sífilis, HIV, Hepatite B e C nos 52 municípios;  Monitoramento dos dois Indicadores do SISPACTO e três Indicadores do PQAVS para o alcance de metas propostas pelos municípios;  Pactuação das ações para o enfrentamento dos agravos nas CIR e CIB; Monitoramento dos recursos federais com apoio técnico do Ministério da Saúde do incentivo para financiamento das ações de prevenção e assistência às IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, conforme o Planejamento de Ações e Metas, evitando não utilização do recurso ou direcionamento do recurso para ações repetitivas e ineficazes;  Articular com as Organizações da Sociedade Civil ações de divulgação e prevenção dos agravos à população chave;  Articular com os conselhos de classe (CRM, COREN, CBO, CRF) e demais organizações de profissionais da saúde garantindo maior visibilidade do problema e comprometimento dessas instituições em orientar e respaldar atuação das profissionais no combate à sífilis congênita;  Desenvolver estratégia para adesão ao enfrentamento da sífilis congênita pelas maternidades privadas às práticas clínicas preconizadas nos manuais do Ministério da Saúde;  Buscar aliados/formadores de opinião para a campanha;  Participar das reuniões do Comitê Municipal de Investigação de Transmissão Vertical de Sífilis, HIV, Hepatite B e C, do município de Porto Velho (prioritário); e Inserir o tema sífilis congênita no contexto da planificação da atenção à saúde nas regiões;  Monitoramento dos sistemas SINAN, SIMC, SISCEL, SICLOM, GAL, HÓRUS.

Eixo Mobilização Social e Comunicação

Realizar evento de lançamento das campanhas de prevenção dos agravos;  Publicar os Comitês Municipais de Investigação de Transmissão Vertical de Sífilis, HIV, Hepatite B e C por meio de decreto e/ou portarias municipais; Fazer ampla divulgação da situação da sífilis congênita no estado como problema de saúde pública e necessidade de enfrentamento coletivo através de entrevistas em rádio e TV, web site, mídias sociais, etc.; Realizar live sobre os temas relevantes dos agravos nas mídias sociais;  Fornecer insumos e materiais informativos para as instituições parceiras da AGEVISA; Realizar palestra sobre prevenção dos agravos em instituições governamentais e não governamentais;  Realizar um inquérito sobre o esquema de vacinação da população rondoniense por meio do programa saúde na escola/SESAU/SEDUC; e  estimular os profissionais de saúde a realização de Pit Stop e distribuição de insumos de prevenção e informativo a população.

Eixo Educação Permanente

Realizar capacitação dos profissionais de saúde da rede básica assistencial com ênfase ao diagnóstico e tratamento da sífilis adquirida e da sífilis em gestante; difundir a plataforma TELELAB para capacitação dos profissionais da atenção primária e vigilância sobre a temática da sífilis, HIV, Hepatites Virais. Curso livre na internet disponível no link: http://telelab.aids.gov.br/Index.php/cursos;  Realizar treinamento de profissionais de todos os municípios do estado para execução dos testes rápido;  Participar das Rodadas do AEQ-TR para avaliarem sua conduta frente à execução dos testes rápido;  Oficina para manejo clínico da Sífilis, HIV e Hepatites Virais;  Treinamento para os interlocutores do SISLOGLAB;  Treinamento do Sistema Logístico Operacional dos Antirretrovirais; Capacitar os técnicos para o monitoramento dos agravos no SINAN; e Capacitar os profissionais de saúde dos SAE no Sistema Monitoramento Clínico do HIV.

Comunicação interna