Entre os dias 23 de fevereiro e 27 de abril, quinze servidores e
servidoras da Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron) e do Tribunal de
Justiça do Estado participaram do 1º Curso de Logística Reversa do Instituto O
Direito por um Planeta Verde. Viabilizada pela Emeron, a formação foi realizada
inteiramente pelo ambiente virtual do aplicativo Zoom, em encontros semanais.
A logística reversa trata do fluxo físico de produtos em fim de
vida, embalagens ou outros materiais do ponto de consumo até a origem ou
deposição em local seguro. Conduzido pelo instrutor Tasso Cipriano, pesquisador
do Centro de Pesquisa em Direito Ambiental Europeu, o curso contou com vários
professores convidados, representando as mais variadas áreas de aplicação da
logística reversa no Brasil. A cada semana, foram abordados tópicos específicos,
como: embalagens de agrotóxicos, baterias chumbo-ácido, óleos lubrificantes
usados ou contaminados, pneus, lâmpadas, eletrônicos, medicamentos, aço e
vidro, além da sinergia público-privado, debates sobre fiscalização e
judicialização, e iniciativas estaduais.
Para a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade, Inclusão e Gestão
Socioambiental do TJRO (Nages) Maiara Ribeiro, uma das alunas do curso, o
assunto traz relação com vários aspectos. “O Poder Judiciário de Rondônia está
cada vez mais comprometido a seguir os preceitos da sua Política de
Sustentabilidade (Resolução n. 143/2020) e uma das principais modificações a
serem feitas é a forma de encarar a gestão de resíduos, toda a instituição
precisa entender que é responsável pelos resíduos que gera e pelo seu descarte
de forma adequada”, afirma.
Maiara explica que o TJRO é um grande gerador de resíduos sólidos e
hoje busca meios para efetivar sua responsabilidade acerca da geração e
destinação correta. “Quando falamos dos resíduos, talvez a primeira ideia que
vem à cabeça é o descarte, pensando já no fim do ciclo desse resíduo, porém a
gestão de resíduos é muito maior, deve-se pensar desde a real necessidade da
compra ao seu processo de aquisição e a instituição precisa embutir nesse
processo de contratação os critérios de sustentabilidade a serem observados”.
Segundo ela, muitos tipos de resíduos são considerados perigosos e
já possuem uma legislação com exigências a serem seguidas, a exemplo da
logística reversa: “Já precisa constar nos documentos licitatórios esses
critérios de atendimento da logística reversa, daí a importância de a
instituição estar alinhada a essa necessidade e o conhecimento dos servidores
envolvidos nessas aquisições”. Muitas situações, diz a servidora, devem ser
melhoradas e adequadas, tanto na administração pública quanto no próprio
mercado, além do suporte e fiscalização dos órgãos.
Para Maiara, o curso de logística reversa torna-se fundamental
nesse processo, para ajudar a aumentar as percepções quanto às possibilidades e
dificuldades encontradas. “Um norte para o Tribunal inserir o assunto nas suas
aquisições que precisam observar obrigatoriamente a logística reversa, precisamos
comprar certo para que o processo do descarte seja o mais adequado possível, a exemplo
do descarte de resíduos perigosos que aconteceu recentemente”, pontua. O TJRO,
ela lembra, teve que custear
a destinação correta de cartuchos de impressoras, pilhas e lâmpadas usadas:
“Se a contratação tivesse ocorrido com a previsão de logística reversa, não
teria a necessidade de realizar outro procedimento licitatório para a
destinação ambientalmente correta desses resíduos”.
Hoje, complementa Maiara, o Tribunal conta com algumas iniciativas
para se adequar às exigências, entre elas o Plano de Logística Sustentável
(PLS). Além de treinamentos para os servidores, como esse da logística reversa,
em relação à Emeron, por exemplo, uma das
ações do PLS, no tema específico da gestão de resíduos, é a implementação do
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), que inclui toda a
sistemática das lixeiras e destinação correta nos prédios do TJRO em Porto Velho.
Com inauguração prevista ainda para este ano, o novo prédio da Escola deverá
contar, pelo projeto em andamento, com o armazenamento adequado para resíduos
perigosos, recicláveis etc.
O PLS pode ser acessado na íntegra por meio do site do TJRO
(tjro.jus.br), na aba Sustentabilidade,
ou diretamente pelo Portal da Transparência (tjro.jus.br/resp-transp-nucleo).
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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