Foi finalizado, na semana passada, o curso Tribunal do Júri,
promovido pela Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), em seu Ambiente Virtual. A formação autoinstrucional foi
destinada a magistradas, magistrados, assessoras e assessores lotados nas varas
do tribunal do júri, em Porto Velho e interior do estado.
Realizado entre os dias 4 e 31 de maio, o curso foi produzido pela
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de
Figueiredo Teixeira (Enfam) e teve tutoria do juiz do Tribunal de Justiça de
Rondônia Sérgio William Teixeira, doutor em Ciência Política pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. A fim de atingir sua missão institucional, a
Enfam busca desenvolver ações educacionais voltadas ao aperfeiçoamento da
atividade judicante, por meio do compartilhamento de conhecimentos.
A realização do curso foi inspirada pelos compromissos
constitucionais, democráticos e republicanos firmados no II Pacto Republicano
de Estado por um Sistema de Justiça Mais Acessível, Ágil e Efetivo, de 2009, e
no Acordo de Cooperação Técnica n. 03/2013, que teve o objetivo de aperfeiçoar
a gestão nas varas de execução penal e tribunal do júri dos Tribunais de
Justiça dos estados. O foco da ação formativa foi no mapeamento das principais
dificuldades enfrentadas pelos magistrados e magistradas na prática das
atividades judicantes no âmbito do tribunal do júri, que, nos termos do artigo
5º da Constituição da República, tem competência para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida e constitui, sobretudo, uma garantia fundamental.
A formação forneceu ferramentas àqueles que trabalham na área para
interpretar e aplicar os dispositivos processuais de acordo com os princípios
constitucionais essenciais à natureza do tribunal do júri, além de formular os
quesitos de acordo com os preceitos processuais, para garantir legitimidade ao
veredito dos jurados, e realizar com segurança a instrução e os debates em
plenário. O curso abordou o processo de competência do júri, o procedimento da
primeira fase, as fases preliminar e de decisão, e a sessão de julgamento do tribunal
do júri.
Leandro Antunes, assessor de juiz na comarca de Cerejeiras, diz que
o curso trouxe uma análise da dinâmica das atividades realizadas pelo
magistrado, especialmente com base em situações evidenciadas na prática
forense, pelos juízes que trabalharam na vara do júri por anos. “Foi possível
compreender que o júri e todo seu procedimento é um instituto muito rico, singular,
com particularidades que só ele mesmo apresenta”, diz o servidor. Em sua atuação
como assessor, Leandro destaca que o curso auxiliou principalmente com relação
à primeira fase do tribunal do júri (fase do sumário da culpa ou judicium
accusationis), “fase esta onde os assessores auxiliam diretamente o
magistrado desde o recebimento da denúncia até a sentença que encerra a primeira
fase, sendo decidido na sentença pela pronúncia, impronúncia, absolvição
sumária ou desclassificação”.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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