No próximo dia 7, das 14 às 17h (hora de RO; 15 às 18h pela hora de
Brasília), a Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS/RO) realiza, com o apoio do
programa Fazendo Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e demais instituições
parceiras, a live “Escrevendo histórias: webnário sobre práticas de leitura em
prisões de Rondônia”, no canal do Youtube da Escola da Magistratura do Estado –
Emeron (youtube.com/EscolaEmeron). Aberto ao público geral, o evento terá mesas
redondas sobre o direito ao livro e à leitura e relatos de experiências, com um
sarau literário ao final, e certificação de 3 horas-aula a todos que se
inscreverem durante a live (é possível ativar o lembrete no link direto da transmissão).
Além da Emeron, Tribunal de Justiça do Estado e CNJ, apoiam o
evento o Observatório do Livro e da Leitura, o Departamento Penitenciário
Nacional (DEPEN) e o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia. Com o objetivo de
fomentar a leitura no sistema prisional do estado, a live vai apresentar a nova
Resolução CNJ 391/2021, sobre o direito à remição de pena por meio de práticas
sociais educativas em unidades de privação de liberdade, reconhecer e divulgar
boas práticas em educação no sistema prisional de Rondônia, bem como mobilizar
a articulação entre os atores locais para fomentar a leitura no ambiente
prisional.
A abertura do evento terá a participação das seguintes autoridades:
Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, Juiz Auxiliar da Presidência no CNJ, onde atua
como Coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema
Carcerário e Execução de Medidas Socioeducativas (DMF); Sandro Abel Souza
Barradas, Diretor de Políticas Penitenciárias do DEPEN; Sérgio William Domingues
Teixeira, Juiz do TJRO e Coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização
do Sistema Carcerário e de Medidas Socioeducativas (GMF) de Rondônia; e Marcus
Rito, Secretário Estadual de Justiça em Rondônia (SEJUS).
A seguir, a primeira mesa redonda, com o tema “Direito ao livro e à
leitura”, contará com a presença de Felipe Athayde Lins de Melo, Coordenador do
Eixo Cidadania do Programa Fazendo Justiça, que fará a apresentação da Resolução
CNJ 391/2021; e João Marcos Buch, Juiz titular da Vara de Execuções Penais de
Joinville (SC), sobre o Projeto de Leitura e experiência daquela cidade. Fará a
mediação a juíza do TJRO Rejane Fraccaro, que apresentará o artigo científico “Direito
à Educação e o Sistema Prisional Brasileiro”.
A segunda mesa, intitulada “Experiências de leitura”, reunirá Liliane
Martins de Melo, Coordenadora do Programa Boas Contas do Tribunal de Contas do
Estado (TCE-RO), com a apresentação do Projeto Liberdade e Mudança na Conta da
Educação, de fomento à leitura com foco na melhora no desempenho escolar; a
biblioteconomista Janete Duarte Alves Ferreira, com o Trabalho de Conclusão de Curso
“Biblioteca Prisional: Acesso à informação, leitura e resenha num contexto que
liberta”; e Karen Caroline Wilkens dos Santos, integrante do Grupo de Trabalho
Leitura no Cárcere, que fará seu relato de experiência pessoal. O mediador será
Fábio Recalde, Chefe da Gerência de Reintegração Social da SEJUS.
As mesas serão intercaladas por vídeos de autores lendo trechos de
suas obras e, para encerrar a live, será realizado o Sarau Literário “A leitura
transforma e ressignifica”. A ação terá como participantes o poeta, escritor e
agitador cultural Sérgio Vaz, fundador da Cooperifa (SP); o poeta rondoniense
Elizeu Braga, também ator, contador de histórias e performista da palavra; e o
escritor e jornalista Beni Domingues. A apresentação do sarau será por Galeno
Amorim, presidente do Observatório do Livro e da Leitura.
Dados do CNJ revelam que a leitura é responsável por apenas 1% das
remições em todo o país. Portanto, é necessário ampliar essa possibilidade no
sistema prisional estadual, a fim de que ela possa atingir mais pessoas, seja pela
mobilização de diretores de unidades, policiais penais, juízas e juízes, servidoras
e servidores, sociedade civil e comunidade para a pauta da leitura no cárcere,
estimulando a disseminação da leitura no sistema prisional, na capital e no
interior, ainda que não haja projeto; seja pela articulação de parcerias para a
implantação/fortalecimento de novos Projetos de Leitura nas unidades do estado;
ou pela criação de grupo de trabalho para elaboração da normativa estadual, com
estabelecimento de fluxos e procedimentos em consonância com a nova Resolução
do CNJ.
A Resolução CNJ 391/2021 trouxe novos procedimentos e diretrizes a serem
observados pelo Poder Judiciário no reconhecimento do direito à remição de
pena, por meio de práticas sociais educativas em unidades de privação de
liberdade, ampliando as possibilidades de modo a atingir o maior número de
pessoas. Ainda buscando a garantia do direito humano à cultura, ao livro e à
leitura, o CNJ, através do Programa Fazendo Justiça, fomenta um conjunto de
ações reunidas no Plano Nacional de Fomento à Leitura (vide folder
institucional em https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/10/Folder-Fomento-%C3%A0-Leitura.pdf),
cujos pilares são: 1) organização de acervos, prevendo estratégias de atualização,
diversificação e ampliação; 2) aprimoramento das práticas de fomento e
qualificação da leitura; e 3) universalização do acesso, com parâmetros de acessibilidade,
em uma perspectiva de integração com as demais práticas sociais educativas
existentes nos estabelecimentos prisionais e unidades socioeducativas.
O programa Fazendo Justiça é a nova fase da parceria de sucesso
entre o Conselho Nacional de Justiça e o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento para a superação de desafios históricos que caracterizam a
privação de liberdade no Brasil. O programa segue, ainda, com importante apoio
do Ministério da Justiça e Segurança Pública, na figura do Departamento
Penitenciário Nacional. Com liderança do Departamento de Monitoramento e
Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas
Socioeducativas do CNJ (DMF/CNJ), a partir do legado construído pelo programa
Justiça Presente, o Fazendo Justiça incide em diversos momentos do ciclo penal
e do ciclo socioeducativo. Também aposta no diálogo interinstitucional e na
construção de soluções customizadas e colaborativas considerando as diferentes
realidades locais.
Além disso, a realização da live contribui diretamente para o
atingimento de três dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
propostos pela Organização das Nações Unidas e em torno dos quais é organizado
o Pacto Global, do qual a Emeron passou a ser signatária em 2020, a saber: Objetivo
4 – Educação de Qualidade; ODS 10 – Redução das Desigualdades; e Objetivo 16 –
Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
O webnário sobre práticas de leitura nas prisões de Rondônia
acontece nesta quarta, a partir das 14h (hora RO), no canal da Emeron no YouTube. As
inscrições, para a certificação de 3 h/a, serão realizadas por meio de
formulário que será disponibilizado durante a transmissão.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Emeron
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