Para algumas pessoas, a vida pode recomeçar quando a liberdade recebe um novo sentido. É com esse espírito que a campanha “Leitura que Liberta”, com slogan “dar asas à imaginação de quem sonha com um recomeço”, continua sensibilizando servidores do Judiciário na capital e na Comarca de Ji-Paraná. A iniciativa busca incentivar, por meio da leitura, a redução do tempo de execução de pena de reeducandos. As doações podem ser feitas até o dia 26 de abril.
A ação de compromisso social disponibiliza 12 caixas plásticas, que servem como recipientes para receberem os livros. Elas estão à disposição no Edifício-sede, nos Fóruns Cível e Criminal, na Central de Processos Eletrônicos (CPE), na Escola da Magistratura (Emeron), na Comarca de Ji-Paraná, na Vara de Execuções Fiscais e nos Juizados da Infância e da Juventude e no da Família. A adesão de servidores vem crescendo significativamente a cada dia.
"Conhecer coisas novas com diferentes possibilidades e experiências", é isso que a servidora Elzivã acredita que a leitura pode proporcionar
Na comarca de Ji-Paraná, a servidora Elzivã Felix não mediu esforços em participar. “A leitura pode nos mostrar o mundo sem que precisemos sair do lugar, além de nos proporcionar mais conhecimento. Esse projeto pode mudar até mesmo a perspectiva de vida daqueles que investem seu tempo em conhecer coisas novas com diferentes possibilidades e experiências. Eu acredito nessa iniciativa”, disse.
Em Porto Velho, a secretária da Sepog, Ione Kozen, resolveu participar da ação, por considerá-la uma oportunidade de mudança. “Essa ação é enriquecedora, uma vez que a leitura possibilita novas reflexões e estas nos levam a estabelecer novos projetos de vida. Então associado a essa campanha, entendo que é uma oportunidade de renovação, transformação imprescindível para quem está disposto a mudar”, destacou.
Servidores do Fórum Cível dão sua especial contribuição à campanha
No Fórum Cível, o servidor Francisco de Assis Pacheco Melo foi movido a contribuir. “E uma grande satisfação participar desse projeto que leva conhecimento e cultura a outras pessoas. É uma ação solidária e humana. Ao fazer isso, pensei no ditado popular: “é doando que se recebe”, então, quando você faz uma boa ação, o bem volta para você. E o melhor de tudo é que isso estimula a leitura e nos ajuda a exercitar o ato da solidariedade”, comentou.
“Me sinto muito honrado com a minha pequena contribuição no projeto. Sei que estou agregando valores nessa ação. Fazer isso me fez pensar o quanto é valioso ajudar o próximo. Espero que projetos como este sempre ocorram e que os servidores públicos estejam à disposição para compartilhar cada vez mais com a sociedade”, explicou o estagiário do Fórum Cível, Gabriel dos Santos.
Que tipo de livros podem ser doados?
A campanha tem preferência por livros de literaturas clássicas (brasileiras e estrangeiras) ou de autoajuda. É importante enfatizar que livros técnicos não atendem à finalidade do projeto. Os livros devem estar em razoável estado de conservação e de conteúdo útil, interessante e não despertem a violência, a astúcia e a criminalidade. Ao final da leitura, o reeducando elaborará uma resenha e esta será avaliada pela comissão organizadora do projeto de remição pela leitura. Os livros didáticos e acadêmicos não atendem o propósito da campanha.
Servidores do Edifício-sede aproveitam a oportunidade para demonstrar o seu compromisso social
Remição por meio da leitura
A remição de pena por meio da leitura já existe. De acordo com o projeto, a Portaria Conjunta nº 276, de 20 de junho de 2012, do Departamento Penitenciário Nacional – Depen, e a Recomendação nº 44, de 2013, do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, bem como a Portaria 004/2015, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Porto Velho, garantem o direito de remição por meio da leitura.
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