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TJRO investe no cuidado ao servidor no ambiente organizacional

O foco do curso é na decodificação das emoções

11/07/2019 15:03

Em uma sala composta por colchonetes e máscaras tapa-olhos, servidores com diferentes vivências e histórias realizam movimentos repetitivos e refletem sobre o cotidiano que impacta a vida pessoal e o trabalho. Parte dessa proposta que une elementos da psicologia organizacional, medicina chinesa e técnica corporal bioenergética compõem o curso “Decodificando as Emoções no Ambiente Organizacional”, que tem como objetivo compreender as emoções no ambiente de trabalho.

A iniciativa desenvolvida pelos psicólogos da Seção de Psicologia Organizacional (Sepo), do Departamento de Acompanhamento e Desenvolvimento de Carreiras (Deadec) foi inspirado no projeto “Cuidando do Cuidador”, desenvolvido pelo psiquiatra Adalberto Barreto, que presta suporte há quase dez anos para o Núcleo Psicossocial do Tribunal de Justiça de Rondônia (Nups).

Em maio do ano passado, a Sepo recebeu o desafio de replicar os conhecimentos para os servidores da capital e do interior com algumas adaptações para a realidade do trabalho desenvolvido no Judiciário rondoniense. Desde então, mais de 500 servidores já foram atendidos.

 

Desenvolvimento de lideranças

Em regra, o projeto tem como foco inicial desenvolver lideranças com base no entendimento de que o gestor é quem promove o equilíbrio organizacional entre os servidores, mas o trabalho também se estende a turmas de servidores que pretendem melhorar o ambiente relacional. Foi o caso do Departamento de Compras (DEC) e da Corregedoria-Geral da Justiça de Rondônia (CGJ).

“Eu nunca tinha vivenciado uma experiência como essa. Foi uma grande surpresa, além de ser feito com empenho e seriedade, tem um retorno eficaz do método adotado. Fiquei apaixonada, queria que fosse quinzenalmente”, diz a servidora da CGJ, Marina de Oliveira. Para ela, o curso traz à tona a necessidade dos servidores em desenvolverem capacidade emocional em meio às cobranças e pressões do trabalho.

“No meio da correria ficamos tão automáticos que, por vezes, não nos encontramos preparados para lidar com aspectos que exigem o controle de nossas emoções. Outro aspecto importante é que eles nos trouxeram a importância de manter equilíbrio saudável”, finalizou Marina.

O psicólogo organizacional Marcos Paulo explica que a compreensão das emoções envolve o alívio das tensões do cotidiano originadas por demandas muito fragilizadoras relacionadas ao trabalho. A metodologia utilizada integra atividades que proporcionam momentos de autoconhecimento e de conexão. “A medicina chinesa, por exemplo, considera que a mente pode ser promotora de saúde. A íntima conexão entre a mente e o corpo podem revelar como a pessoa está se sentindo no momento. Nós, como psicólogos organizacionais, vamos mediando essa percepção”, explicou.

Com todos esses aspectos envolvidos é possível trabalhar o individual e o coletivo, garante o servidor do Departamento de Compras (DEC), Victor Hugo Dourado, que também participou das atividades. “Foi inesperado, pois conseguiram trabalhar as nossas emoções junto com os colegas. Coletivamente nos soltamos sem perceber. Uniu mais o departamento”, disse.

 

Clima Organizacional

A Resolução 240/2016, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a Política Nacional de Gestão de Pessoas traz o fundamento para a implementação de iniciativas como o “Decodificando Emoções” em todos os tribunais de Justiça brasileiros. Em Rondônia, o próprio Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), por intermédio do Deadec, já desenvolvia um projeto de liderança que continha a meta de aperfeiçoamento. Desta forma, além da formação técnica, o servidor do Judiciário também pode desenvolver a área comportamental.

A psicóloga organizacional da Sepo, Núbia Nogueira, defende que uma liderança bem trabalhada atinge todos os servidores. “Se você está bem sentimentalmente, você será uma boa gestora ou um bom colega de trabalho. Por isso, acreditamos nessa abordagem comportamental para desenvolver ambientes cujo clima organizacional proporcione servidores satisfeitos. Há muitos casos em que a baixa produtividade de um ambiente está relacionada ao clima organizacional”, disse.

Os resultados já foram sentidos. O corregedor-geral da Justiça, desembargador José Jorge Ribeiro da Luz, conta que procurou o projeto por conta da reestruturação da Corregedoria. “Nós queríamos contribuir no desenvolvimento do processo dos gestores e servidores e almejávamos respostas rápidas”, explicou.

A equipe da Sepo é formada por três psicólogos organizacionais e uma estagiária: Giuseppe Moura, Núbia Geny e Ilnara Sama. Integra o Departamento de Acompanhamento e Desenvolvimento de Carreiras (Deadec). Dúvidas sobre o curso podem ser sanadas pelo contato 3217-1125/1094.


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