Entre os dias 26 e 30 de julho, a
Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) promoveu o segundo módulo
da Formação em Constelações Familiares para Magistrados e Servidores do Poder Judiciário
de Rondônia.
Coordenadora da formação, a juíza Silvana de Freitas explica que o foco é a qualidade de vida dos magistrados e servidores. “Buscamos com a constelação familiar dar à pessoa ferramentas para resolver as suas próprias questões internas e às vezes também questões de relacionamento no ambiente de trabalho”, afirma a magistrada.
Após o primeiro
módulo, que foi voltado à base teórica sobre a origem histórica das
constelações familiares, o segundo introduz as “ordens do amor”, conceito
idealizado pelo criador do método, o alemão Bert Hellinger. A partir delas,
segundo Silvana, é possível organizar a própria vida nos âmbitos do trabalho,
familiar e relacional. “Os maiores índices de adoecimento hoje no nosso
tribunal passam pelas doenças psíquicas, então criamos essa abordagem para
trabalhar a saúde de cada um, na perspectiva de se autorregular”, conclui a
coordenadora.
Para
a juíza Marisa de Almeida, uma das participantes, a constelação é um caminho
para melhorar como pessoa: “A primeira coisa é o autoconhecimento, quando nós
passamos a ter acesso a ferramentas para, dentro desse nosso universo social e
familiar, nos atentarmos ao que está acontecendo dentro de um ponto de vista
sistêmico e parar para observar, esse é um ponto que o segundo módulo está nos
proporcionando”. Ela diz que observar as questões sistêmicas que estão ao
redor, seja no ambiente do trabalho, familiar ou social, amplia a expectativa
do auto-aperfeiçoamento. “Assim descobrimos qual o nosso lugar, com o curso
tendo um reflexo no nosso trabalho e na nossa vida pessoal”, finaliza.
O
ministrante do módulo, o médico argentino Miguel Schiavo, é diretor do Centro
Bert Hellinger em Buenos Aires e aplica o método em hospitais públicos da
cidade como ferramenta de prevenção, de forma única no mundo. Um dos aspectos
trabalhados por ele no curso é a questão dos conflitos, que segundo ele “se
mantêm ou agravam porque as pessoas não têm a cultura de buscar olhar pelo
âmbito do outro e, com esse conhecimento, buscar um entendimento”. O instrutor pontua
que os profissionais que vão lidar com isso no dia a dia precisam aprender a
ajudar as pessoas a fazerem esse movimento de olhar outras coisas além da sua
própria dor, para que haja pacificação. “Daí a importância de aprender a
constelação para usar no ambiente de trabalho, por exemplo”, orienta.
Por fim, Miguel destaca o pioneirismo do PJRO na capacitação de seus magistrados e servidores na temática: “Em nenhum lugar do mundo se está fazendo o que vocês estão fazendo aqui, usar os ensinamentos da constelação em seu trabalho diário”. Para ele, a justiça de Rondônia abriu um espaço que, por mais que outros também venham a ocupar, ela sempre terá sido a primeira a explorar. “Se vocês aprendem, podem levar à família e pessoas próximas, trabalhando em prevenção, porque muda o olhar”, complementa o professor.
Fonte: Assessoria de
Comunicação – Emeron
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