Para conhecer as boas práticas desenvolvidas pelo Sistema Penitenciário Acreano, com foco na ressocialização, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário de Rondônia (GMF), juntamente com integrantes do GMF do Acre, foram recebidos na sede do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), na segunda-feira, 27.
O desembargador José Jorge Ribeiro da Luz, supervisor do GMF; o magistrado Bruno Sérgio de Menezes Darwich, coordenador do GMF; Mayra Magalhães, assessora técnica do GMF; e o consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Martinellis Henrique de Oliveira, foram os representantes da caravana de Rondônia.
O encontro começou com uma reunião, onde foi possível apresentar os trabalhos feitos no Acre pelas centrais integradas de Alternativas Penais (Ciaps) de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, Escritório Social (ES) e Unidade de Monitoramento Eletrônico (Umep). Em seguida, a caravana conheceu os espaços da sede, onde as atividades voltadas para a ressocialização são desenvolvidas.
Segundo o desembargador José Jorge, o encontro foi muito mais do que troca de experiências. “É um aprendizado. Estamos levando muita coisa que pode ser aplicada também em RO. O Acre está de parabéns pelo trabalho que faz para a reeducação e para a reinserção dos apenados no meio social”, destacou o desembargador.
Sons de liberdade
A agenda da comitiva rondoniense inclui ainda o acompanhamento de audiência de custódia, visitas a unidade feminina do complexo penitenciário do AC e a visita à fábrica de instrumentos musicais Sons da Liberdade, no polo moveleiro de Rio Branco, onde reeducandos frequentam curso de luthieria.
Quadros, objetos de marcenaria, móveis e utensílios estavam expostos. Materiais que foram produzidos recentemente pelos reeducandos. A matéria-prima são madeiras apreendidas pelo Ibama e Icmbio. Já a fábrica de instrumentos musicais foi construída com recursos provenientes das penas pecuniárias do TJAC.
O desembargador José Jorge Ribeiro da Luz propôs outras reflexões. “Quando pensamos em dignidade, temos uma pequena noção do que seja ela, enquanto nós a temos. Quando nós a perdemos, compreendemos de outra forma o que nós tínhamos e o que nós precisamos recuperar”, disse.
Um momento de descontração foi quando os visitantes viram os artesanatos e o “Sons da Liberdade”. O policial penal Jardel Costa é músico há 23 anos e contou um pouco de sua história: “eu fiz o curso lutheria, que foi patrocinado pelo Criança Esperança. Sei construir instrumentos musicais, também fazer manutenção e restauração. Esse foi meu sustento antes de passar no concurso. Agora estou aqui com um novo propósito”. Em sua oficina tinha uma guitarra, que seus alunos mostram com orgulho e vários moldes de violão em produção.
Também participaram da agenda os assistentes técnicos do CNJ/PNUD, Martinellis Oliveira e Rubia Evangelista,a assistente técnica do GMF/TJRO, Mayra Magalhães; o juiz Robson Aleixo; coordenadores e servidores do Iapen.
Assessoria de Comunicação Institucional
Com informações do TJAC