Os moradores são, na maioria, indígenas da etnia Oro Nao
Assim que embarcação ancorou na comunidade de Deolinda, às margens do Rio Mamoré, o casal Júnior Macurap e Rosilda Oro procurou a equipe da Justiça Rápida Itinerante Fluvial para fazer a conversão da união estável em casamento. “Nós já estamos juntos há 14 anos”, explicou o agora marido. “Eu esperava esse momento faz tempo, temos cinco filhos”, comemorou a esposa.
A localidade é uma reserva indígena Oro Nao com 35 famílias, porém indígenas de outras etnias também moram na comunidade e procuraram o barco hospital Walter Bártolo para buscar atendimento em mais uma operação da Justiça Rápida Itinerante Fluvial no Vale do Guaporé. Em uma parceria com o Governo do Estado, a equipe do Judiciário seguiu na missão que iniciou na quarta-feira, 24 de julho e vai até o dia 3 de agosto, passando por mais cinco povoados ao longo dos dois rios.
Eliane Macurap veio fazer a segunda via da certidão de nascimento do filho Deivit, que perdeu o documento. “Achei tudo muito rápido. Na mesma hora conseguimos pegar o documento só mostrando a fotocópia da identidade”, disse
Marinete veio corrigir o documento de um dos filhos. Por se tratar de sobrenome indígena é comum erros na grafia. Ela é esposa de Antônio, cacique na aldeia, com quem tem 12 filhos. Outro filho, também aproveitou para casar. A família recebeu as certidões das mãos do juiz que coordena a operação, Thiago Gomes de Aniceto.
“Hoje, no primeiro dia de operação, tivemos a oportunidade de realizar diversos serviços e entregar imediatamente os documentos para a população. É uma sensação muito gratificante poder verificar que os serviços prestados atenderam de forma célere, rápida e desburocratizada, trazendo mais dignidade à população local”, destacou o magistrado.
Assessoria de Comunicação Institucional