Campanha para difundir a adoção tardia é finalista no Prêmio de comunicação e Justiça
O Tribunal de Justiça de RO concorre em duas categorias
A equipe de comunicação do Tribunal de Justiça de Rondônia, coordenada pelo jornalista Adriel Diniz, é mais um vez finalista no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, evento nacional organizado pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça com ampla aceitação e reconhecimento técnico entre os profissionais da área, comunidade e setores da Justiça Brasileira. O vídeo institucional “Deixe-se Adotar” e a campanha de comunicação para difusão da adoção tardia são as peças que concorrem, junto com trabalhos de destaque em todo país, a mais um troféu de reconhecimento ao trabalho na tarefa de levar ao cidadão as informações do Poder Judiciário.
O vídeo institucional “Deixe-se Adotar”, um sensível apelo para derrubar os preconceitos com relação à adoção de crianças com idade superior a 3 anos, é um mergulho da equipe na realidade dos abrigos. Com roteiro e direção de Ana Carolina Cardoso e produção de Simone Norberto e Laelho Barroso, o filme mostra os aspectos legais e emocionais que envolvem a adoção. Ouve profissionais do meio e, sobretudo, demonstra exemplos comoventes de adoção de crianças consideradas “fora dos padrões” almejados pela maioria dos pretendentes. A colaboração das famílias e crianças que passaram pelo processo contribuem para demonstrar que adoção é um caminho de via dupla onde não só os filhos,como também os pais, ganham com o gesto que transforma vidas. “O tema nos mobilizou, o que tornou o trabalho muito mais prazeroso”, disse Laelho Barroso, que também assina a montagem.
“Só o fato de estar entre os três primeiros já é um prêmio”, comentou a jornalista Ana Carolina Cardoso, que reconhece na categoria uma das maiores concorrências, ao todo 18 trabalhos. “Somos finalistas com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e o Tribunal de Contas do Mato Grosso”, comenta cautelosa, porém confiante. “Gostaríamos de trazer o troféu pelas crianças e famílias que participaram do trabalho”, finalizou.
Já a campanha de comunicação que difundiu a ideia da “Adoção Tardia” é finalista junto com o Tribunal Superior Eleitoral (Campanha de Incentivo à Participação da Mulher na Política) e com o Ministério Público Federal (MPF no combate ao trabalho escravo), ambas desenvolvidas com agências de propaganda contratadas pelos órgãos. “Fizemos tudo no próprio Tribunal de Justiça de Rondônia, com os nossos talentos locais”, destacou Adriel Diniz.
A Campanha de difusão da Adoção Tardia foi uma solicitação da Comissão Estadual Judiciária de Adoção, instituída pela Corregedoria-Geral da Justiça, e teve todo apoio da administração do Tribunal de Justiça. Contou com material impresso (folder, cartaz, totem para estande no Shopping, adesivos tipo button, outdoor, minidoor), audiovisual (spot de rádio, vídeo institucional, vt de sensibilização para TV, redes sociais e cinemas) e estratégias de difusão, tais como evento de lançamento com a presença da cúpula administrativa do TJRO e famílias colaboradoras da campanha, ação de divulgação no shopping, mobilização nas redes sociais e meios de comunicação, etc. “Tudo para demonstrar à população que os caminhos legais para a adoção são possíveis e podem ser fundamentais para a vida de muitas crianças em situação de abrigamento”, reforçou o coordenador de comunicação do TJRO.
Para Simone Norberto, que propôs o slogan da campanha numa reunião de brainstorm (técnica pela qual todos os comunicadores vão apresentando ideias, sem se preocupar com uma lógica ou coerência inicial), a nossa maior conquista foi a aceitação do público com relação à mensagem proposta, a concepção de que a pessoa que adota na verdade é adotada também pela criança, que a “escolhe” de fato, por amor à nova família. “Muita gente tem preconceito com relação a adoção tardia por puro desconhecimento. Nosso papel, como comunicadores institucionais, é promover os direitos fundamentais do ser humano”, acrescentou.
Prêmio
O Prêmio de Comunicação e Justiça será entregue durante cerimônia realizada em Aracaju, durante o X Conbrascom. O Encontro Brasileiro dos Assessores de Comunicação e Justiça ocorre nos dias 31 de julho e 1º de agosto, com programação que privilegia debates, painéis, conferências e oficinas para estimular o desenvolvimento de uma política de comunicação voltada para o esclarecimento do cidadão contribuindo para a democratização das instituições e o acesso à Justiça. O Fórum Nacional de Comunicação & Justiça (FNCJ), entidade que promove o CONBRASCOM, considera que a informação, como prevê a Constituição, é um bem público, e que, portanto, a comunicação deve pautar-se pelo interesse coletivo e pela inclusão social.
O FNCJ é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, fundada no dia 27 de março de 2002, ao final do III Encontro Nacional dos Assessores de Comunicação do Poder Judiciário e Ministério Público, realizado em Alagoas. O objetivo do Fórum é ampliar o debate sobre a comunicação na Justiça, envolvendo juízes, procuradores, promotores, jornalistas, publicitários, organizações governamentais e não governamentais, bem como a sociedade civil, de forma a construir organizações onde a comunicação esteja a serviço do cidadão.
São membros efetivos do Fórum todos os assessores de comunicação que estiverem trabalhando nas assessorias de comunicação dos órgãos do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensorias Públicas, Tribunais de Contas e Ordem dos Advogados do Brasil. São membros colaboradores juízes, jornalistas, procuradores, promotores de Justiça, pesquisadores e professores universitários.
Assessoria de Comunicação Institucional