Cinema e Direitos Humanos na Justiça Rápida Itinerante
Durante os atendimentos à população ribeirinha do Baixo Madeira, a equipe da Justiça Rápida Itinerante tem desenvolvido, desde o primeiro dia da operação, em Demarcação, exibições de filmes com temáticas dos direitos humanos. As exibições foram pensadas pela coordenadora da Justiça Itinerante, juíza Sandra Silvestre, e pelos profissionais do setor de Comunicação do Tribunal de Justiça, como uma forma de esclarecer às pessoas quanto aos seus direitos fundamentais, aos que dizem respeito à dignidade humana. O projeto conta com a parceria do Sesc, que fornece os filmes. Entre as produções , curtas sobre a lei Maria da Penha e os direitos das crianças e dos adolescentes.
“Uma mostra voltada para a temática dos direitos humanos coloca as pessoas em contato com obras do cinema local e universal que contribuem com a formação do ser humano, além de ser um instrumento poderoso de educação, principalmente com o público que queremos atingir”, analisa Sandra Silvestre.
Com a ação, o Judiciário reforça a importância do cinema como um conjunto das atividades audiovisuais que formam um setor estratégico para o desenvolvimento cultural e econômico de um país. Grande parte da comunidade não tem acesso às salas de cinema. Seja pela falta da mesma, pelo preço dos ingressos, pela concorrência com a televisão ou mesmo pela distância de sua residência. “Daí a necessidade de se criar oportunidade de exibir filmes em mostras culturais, com estrutura democrática e compromisso ético, sobretudo com os valores regionais, fomentando com isso a diversificação de visões das comunidades”, explica Adriel Diniz, servidor do Judiciário, que coordena as ações de comunicação social.
O objetivo é ampliar as reflexões sobre os Direitos Humanos através da sétima arte, o cinema, oferecendo de maneira atrativa informações e expressões artísticas sobre os direitos fundamentais dos cidadãos e depois relacionar essas temáticas com palestras promovidas pela magistrada.
Em Demarcação os filmes foram exibidos numa igreja. Em seguida foi feita uma reunião com as mulheres, na qual foram discutidas várias questões relacionadas à realidade delas. “A cidadania garantida com a operação Justiça Rápida Itinerante, a qual concretamente soluciona conflitos e promove a paz social, ganha atributos mais abstratos, porém não menos importantes com a realização de um projeto que alimenta a necessidade de conhecimento”, diz a juíza.
Em Calama, ocorreram sessões nos dois dias da operação, na igreja católica e no clube da associação dos produtores rurais, a última com grande participação tanto das mulheres quanto das crianças. Os resultados obtidos nos primeiros dias de exibição são excelentes, segundo a magistrada. Para ela, o projeto tem grande impacto, pois se funda em razões econômicas e humanistas, com o propósito de criar valores coletivos capazes de ordenar a vida social. Prioritariamente serão beneficiadas com a exibição dos filmes as comunidades ribeirinhas que passam por momentos difíceis após a enchente do Rio Madeira.
Assessoria de Comunicação do TJRO