Comarca de Ji-Paraná recebe espetáculo que exalta a resistência da mulher

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Quarta, 03 Abril 2019 12:03

Comarca de Ji-Paraná recebe espetáculo que exalta a resistência da mulher

O show “Ousadia e Paixão, Legado de Chiquinha Gonzaga, com o duo Bento & Moreno, encerra a programação do mês da mulher no Poder Judiciário
Depois da capital é a vez da comarca de Ji-Paraná receber “Ousadia e Paixão, Legado de Chiquinha Gonzaga”, espetáculo que encerra a programação do Mês da Mulher no Poder Judiciário Rondônia. O duo Bento & Moreno, formado pela pianista Llitsia Moreno e a cantora Aldenice Bento, oferecem momentos marcantes da vida e obra dessa destacada compositora e maestrina, no dia 5 de abril, no Tribunal do Júri da comarca, localizado no Fórum Desembargador Hugo Auler, às 9h.
A exemplo do que foi apresentado na capital, o show em om estilo dramático musical, aborda temáticas conflitantes e preconceitos da época enfrentados por Chiquinha Gonzaga, autora da famosa canção “Ó Abre Alas”. Ela foi uma mulher à frente de seu tempo, que rompeu com imposições sociais para viver o seu talento e suas crenças, por isso o espetáculo se encaixa na proposta do Judiciário em propor a reflexão sobre a questão de gênero, no mês em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher (8 de março).
Como vem fazendo nos últimos anos, o Tribunal de Justiça de Rondônia, como instituição de promoção e difusão de direitos humanos, fomenta ações que despertem na sociedade a consciência para o respeito com a mulher, combatendo, sobretudo, a violência doméstica - consequência mais drástica do machismo.
Ao longo do mês, várias atividades marcaram o Mês da Mulher, tais como palestras, roda de conversa, exibições de filmes, caminhada, além de audiências e júris relacionados à violência doméstica, na chamada Semana da Paz em Casa.
O show musical coroou a programação na capital mostrando a trajetória da compositora na emocionante intepretação de artistas, que têm com reconhecida atuação em Porto Velho. O espetáculo agora será apresentado na cidade de Jí-Paraná, com a participação de servidores e sociedade em geral. "Nós fizemos convite ao Ministério Público e para a OAB, nossos tradicionais parceiros no enfrentamento à violência contra a mulher", disse Ludmila de Oliveira dos Reis Silva Schmidt, assistente de direção do Fórum da comarca.
 
Aldenice Bento
Formada em Letras/Português (Unir) com experiências na dramaturgia e leitura em cena. Aperfeiçoamento na arte do canto vocal, lírico e coral (E.M.M. Jorge Andrade) e (Escola Sol Maior). Apesenta um trabalho de composições musicais de sua autoria.
 
Llitsia Moreno 
Formada em Piano pela (E.N.A. Havana-Cuba/ C.B.M.Riode Janeiro) Licenciada em Artes e Música (Claretiano /S.P.) Mestra em Educação (Unir). Dedica-se atualmente a pesquisas etno musical nas mais amplas manifestações do fazer artístico.
 
Chiquinha Gonzaga
Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi uma pianista, maestrina e compositora carioca. Considerada uma das maiores influências da música popular brasileira, era neta de uma escrava liberta e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.
Sua vida foi marcada pelo sucesso na música, o desafio à sociedade patriarcal do período regencial e à luta abolicionista.
A participação de Chiquinha Gonzaga no cenário artístico brasileiro foi fundamental para a definição da identidade musical do País no início do século XX. Entre as obras mais conhecidas de Chiquinha Gonzaga está a marcha carnavalesca "Ó Abre Alas", composta em 1899
Nasceu Francisca Edwiges Neves Gonzaga, em 17 de outubro de 1847. Foi educada para os ofícios do lar, ser uma dama da sociedade e aprendeu sozinha a tocar piano.
Foi casada por imposição do pai quando tinha 16 anos com Jacinto Ribeiro do Amaral, um empresário que a maltratava. A união durou dois anos e, aos 18, Chiquinha Gonzaga vai viver com o engenheiro João Batista de Carvalho.
A vida amorosa da pianista foi marcada por escândalos para época, porque divorciou-se também do segundo marido, que a traiu. A família não lhe deu apoio e Chiquinha voltava-se, cada vez mais, para a música, após perder a guarda dos filhos.
A partir de 1877, passou a fazer da música uma profissão, condição ainda inédita para a figura feminina no Brasil. Era considerada desafiadora do padrão da época por declarar-se abolicionista. Chegou a vender partituras para arrecadar recursos que foram destinados à "Confederação Libertadora". Um de seus músicos, José Flauta, era um escravo alforriado, cuja liberdade foi comprada por Chiquinha Gonzaga.
A consagração com a música chega na virada do século, com a marchinha "Ó Abre Alas". A canção foi repetida na passagem do século XIX para o século XX e é mantida no repertório carnavalesco até os dias atuais.
Quando chega aos 52 anos, mais um português marca a vida de Chiquinha. O romance entrou para a coleção de escândalos da vida da artista. João Batista Fernandes Lage tinha 16 anos quando se envolveu com a brasileira. Ele ainda adotou o sobrenome dela e passou a assinar João Batista Gonzaga.
Foi o companheiro que a ajudou na organização da "Sociedade Brasileira de Autores Teatrais". A organização ajudou a proteger os direitos autorais da artista.
Chiquinha Gonzaga morreu no Rio de Janeiro, aos 87 anos, em 28 de fevereiro de 1935. A importância da artista para a música nacional foi reconhecida por lei. A partir de 2012, na data do nascimento da artista, 17 de outubro, passou a ser comemorado o "Dia da Música Popular Brasileira".
Outro reconhecimento: a Medalha Chiquinha Gonzaga. Criada por meio do Projeto de Resolução 14/1999, é conferida a mulheres que militam em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais no âmbito da União, estados e municípios.
Serviço:
Espetáculo “Ousadia e Paixão, Legado de Chiquinha Gonzaga"
Local: Tribunal do Júri - Fórum Des. Hugo Aule
Data: 05 de abril
Horário: 9h
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