Mais de vinte quatro horas depois do início, o depoimento do delegado que presidiu o inquérito do caso Naiara Karine, foi finalmente concluído nesta sexta-feira, por volta das 16 horas. Nestor Romanzini foi a quinta testemunha ouvida no júri, que começou nesta quinta-feira, dia 31. Também foi a que mais suscitou interesse.

Conforme estratégia do juiz Ênio Salvador Vaz, que preside o júri, primeiro foi exibido o vídeo com o depoimento gravado na época da instrução do processo. A reprodução da mídia iniciou por volta das 16 horas, do dia 31, foi interrompido por volta das 20h30min e retomado pela manhã, das 8h às 10h desta sexta-feira. Em seguida, o delegado começou a responder aos questionamentos das partes, situação que se alongou até as 16 horas.

Promotor e assistentes da acusação quiseram saber detalhes da investigação como, por exemplo, se chegou ao nome de Marco Antônio, réu já condenado que acabou apontando os demais envolvidos no crime. Também pediram esclarecimentos sobre as perícias feitas nas imagens registradas pelo telefone da vítima, cruzamentos de ligações sobre telefones dos acusados, entre outros aspectos.

Já a defesa se dedicou a questionar procedimentos para se chegar às provas, confrontando informações que considerariam contraditórias ou mesmo contestando alguns resultados da equipe de investigação. Em alguns momentos o juiz precisou intervir pedindo à defesa que fizesse apenas perguntas objetivas, evitando assim possíveis induções.

O delegado declarou em depoimento que o caso Naiara Karine é o mais difícil de elucidação já enfrentado pela equipe, tendo em vista o grau de dificuldade e pressões, sobretudo pelo clamor social.

Ainda estão previstas a oitiva de mais cinco testemunhas, os três réus e os debates das partes. O Julgamento será retomado neste sábado, dia 2.

Assessoria de Comunicação Institucional