O plenário do júri da Comarca de Cacoal estava repleto de acadêmicos de Direito, jurados e servidores que prestigiaram a apresentação do filme “Quem matou Eloá!”, de Lívia Perez. A obra faz uma análise crítica de como a mídia e a sociedade tratam a violência contra a mulher. A espetacularização do episódio que resultou na morte da adolescente de 15 anos pelo namorado Lindenberg serve de reflexão sobre os diversos casos de violência que, cotidianamente, ocorrem desrespeitando direitos consagrados pela constituição.

O juiz diretor do fórum da comarca de Cacoal, Carlos Burck, fez a abertura para exibição do filme falando da importância do projeto e da relevância do filme para toda a comunidade.

Para a servidora Elisa Gonçalves de Oliveira, o filme representa uma abordagem sobre a influência dos fatores externos no comportamento e atitude do agressor e posição da vítima. “Evidencia o papel da mídia e sua importância reproduzindo conceitos sociais que implicitamente reforçam atitudes machistas, a valorização masculina se sobrepondo à mulher e sua condição social”, finaliza Elisa.

A exibição do filme é uma atividade complementar realizada no dia da abertura da exposição fotográfica “Primeiro Plano” nas comarcas contempladas. Por um lado, o filme denuncia uma situação que vitimiza a mulher por outro a exposição empodera mulheres que superaram dificuldades e lutam pelo reconhecimento de seus direitos.

A mostra formada por dez quadros retrata doze mulheres protagonistas, que com seus exemplos contribuem para conscientização sobre o papel da mulher na sociedade moderna. São mulheres notáveis e, ao mesmo tempo, comuns, que espelham a luta diária por oportunidades iguais, pelo tratamento digno e pelo fim de qualquer tipo de violência. Por meio de suas atitudes e trajetórias se colocam em primeiro plano, justamente para lembrar que devem ser respeitadas, nos seus diferentes papéis.

Documentário

O documentário “Quem Matou Eloá”, dirigido por Lívia Perez, foi gentilmente autorizado para exibição no projeto de circulação, pela relevância da proposta do TJRO. Os realizadores se mostraram felizes em poder apresentar tão importante obra e colaborar para com a discussão de combate a violência contra a mulher.

O filme foi realizado com recursos do I Edital Carmen Santos de Cinema, iniciativa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Assessoria de Comunicação Institucional