Números apresentados em seminário demonstram que a conta da adoção não fecha

Este site possui recursos de acessibilidade para web visando à inclusão e autonomia de todas as pessoas.

Segunda, 23 Mai 2016 11:39

Números apresentados em seminário demonstram que a conta da adoção não fecha

Números apresentados em seminário demonstram que a conta da adoção não fecha

Apesar de mais pretendentes que crianças nos abrigos as colocações não ocorrem em razão do perfil desejado pelos pais adotivos

semadotacapa

Com o tema a “Adoção na Contemporaneidade: questões legais e psicossociais”, o seminário promovido pelo Poder Judiciário de Rondônia Ministério Público, Prefeitura de Porto Velho e Grupo de Apoio à Adoção, trouxe números que revelam que ainda existem muitos tabus das famílias pretendentes, sobretudo pelo perfil desejado, geralmente crianças menores (de preferência bebês, brancas e de preferência saudáveis. “Isso de maneira alguma reflete a realidade dos abrigos”, destacou o juiz da Infância e da Juventude, Dalmo Bezerra, ressaltando a necessidade de se ampliar o perfil desejado para crianças maiores e para grupo de irmãos. “Temos casos de até sete irmãos disponíveis para adoção”.

semadota4

No Brasil, são 6.416 crianças e adolescentes disponíveis para a adoção e 35.228 pretendentes. Na região Norte, são 249 crianças e adolescentes e 1.142 pretendes. Em Rondônia, 56 crianças e 288 pretendentes. Em Porto Velho, são 12 crianças disponíveis para adoção, a maioria com idade maior de 10 anos. Há 23 pretendentes na capital.

A assistente social Emeriana Silva, uma das palestrantes, explica que a sessão de colocação familiar faz um esforço para proporcionar o melhor para a criança. “Às vezes é possível a adoção em grupo de irmãos, às vezes não. O mais importante é que elas tenham uma família, mesmo que separadas”, ressaltou.

semadota5Para Cristiane Guimarães, mãe adotiva que integra o grupo de apoio, a separação de irmãos pode ser superada com o contato com as famílias adotantes. “A minha filha, além de ganhar dois irmãos, se encontra direto com a irmã biológica, porque mantemos contato por meio do grupo de apoio. Ampliamos as relações e nos tornamos uma grande família, um adotando ao outro. Tem sido uma experiência muito positiva”, relatou.

semadota2O promotor Marcos Tessila ressaltou que o mais importante, no processo de adoção, é a perspectiva inclusiva da criança. “A Lei, que antes se apegava em conceitos mais conservadores sobre a família, considera hoje a dignidade humana e está pautada pelas relações de afeto. Isto é um avanço”, destacou.

semadota3Para Alanderson Pereira, psicólogo do Serviço de Atendimento Institucional da Semas, o mesmo olhar especial, deve ser voltado para a criança nas unidades de acolhimento, por parte de todos os profissionais envolvidos, começando pelos cuidadores. “Deveria ser um situação transitória, mas em alguns casos a colocação não acontece”, reflete.

Após as palestras, foi feito um debate com todos os participantes mediado pelo juiz Danilo Paccini, auxiliar da Corregedoria. A plateia, formada por familiares, profissionais da área, estudantes e interessados na adoção, puderam fazer perguntas e esclarecer as dúvidas sobre o tema.

semadota7O evento foi aberto pelo desembargador Hiram Marques, corregedor-geral da Justiça. Ele destacou as garantias do Estatuto da Criança e do Adolescente e as dificuldades enfrentadas para se aplicá-lo. “A burocracia tem pecado para com as famílias que querem adotar e para com as crianças que estão abrigadas”, admitiu. “Precisamos olhar com mais afinco, paixão e responsabilidade sobre o tema, afinal tempo significa muito para essas crianças e adolescentes”, finalizou.

Vídeo

semadota8

No seminário também foi exibido um vídeo de sensibilização com histórias de famílias que adotaram. Uma delas adotou uma menina de um grupo de irmãos, porém mantém contato com as famílias que adotaram os outros irmãos. A outra adotou duas crianças de um grupo de irmãos de sete. O vídeo também apresenta os benefícios do grupo de apoio às famílias que adotam, que está em formação em Porto Velho, batizada de Acalanto Rondônia.

Clique aqui para ver o vídeo

Assessoria de Comunicação Institucional

Poder Judiciário de Rondônia

Poder Judiciário do Estado de Rondônia
Horário de Funcionamento:
(Segunda a Sexta-feira)
Público Geral: 7h às 14h | Plantão Judicial: 14h às 7h | Atendimento Virtual: 7h às 14h

Telefone (69) 3309-6237 (clique aqui) | E-mail: presidencia@tjro.jus.br
Sede - Rua José Camacho, nº 585 - Bairro Olaria
Cep 76801-330 - Porto Velho, Rondônia