Movimento faz parte da programação do Fórum Nacional dos Juizados Especiais
Mais de 20 magistrados e magistradas das cinco regiões do Brasil se reuniram virtualmente para dar início ao Fonágil, uma jornada em busca da construção coletiva de soluções para os desafios enfrentados pelos Juizados Especiais. A ideia é identificar os problemas, criar soluções e elaborar protótipos, utilizando abordagens inovadoras como o design thinking e métodos ágeis. Durante o primeiro encontro, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as diversas realidades dos Juizados Especiais brasileiros e definir os desafios que serão trabalhado e apresentados no 51º Fórum Nacional dos Juizados Especiais – Fonaje, que vai acontecer este mês.
Uma das propostas criadas será escolhida para ser implementada como projeto-piloto em um Tribunal Estadual. Segundo o idealizador do Fonágil, o juiz Johnny Gustavo Clemes, também presidente do Fonaje, a expectativa é que, ao final das oficinas, os participantes tenham uma nova perspectiva de como enfrentar os desafios de seus trabalhos e as ferramentas necessárias para implementar mudanças positivas em suas instituições. “Estamos animados com o potencial do FONÁGIL em trazer mudanças significativas para os Juizados Especiais brasileiros. Nossa meta é ajudar os participantes a enxergarem os desafios de uma perspectiva diferente e fornecer-lhes ferramentas inovadoras para enfrentá-los. Esperamos que o projeto-piloto resultante possa ter um impacto positivo em todo o país e ajudar a melhorar a qualidade da Justiça oferecida aos cidadãos brasileiros”, diz.
O Fonágil foi desenvolvido por cinco laboratórios convidados pela organização do Fonaje: Aurora/TJDFT, Gênesis/TJRO, IDEIAS/TJPE, JudLab/TJSC e UAILAB/TJMG. As atividades, que devem acontecer até o fim deste ano, buscam contribuir para o fomento à cultura da inovação, uma vez que os participantes terão a oportunidade de exercer habilidades de liderança, trabalho em equipe, comunicação e resolução ágil de problemas.
Espera-se que a Justiça brasileira possa se beneficiar dos resultados do FONÁGIL, com a criação de um novo projeto com replicabilidade nacional que solucione um importante desafio enfrentado atualmente pelos Juizados Especiais. Com iniciativas como essa, é possível perceber que a inovação e a colaboração podem ser aliadas no aprimoramento do sistema judiciário brasileiro.
Oficinas
O evento teve uma rodada de oficinas com objetivo identificar problemas, criar soluções e elaborar protótipos a partir da adoção de abordagens inovadoras como o Design Thinking (abordagem que estimula o processo de pensamento crítico e criativo) e métodos ágeis para implementação de mudanças positivas nos Juizados Especiais.
Os trabalhos foram conduzidos por facilitadores dos laboratórios de inovação Aurora, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT); Gênesis, do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO); Ideias, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE); UAILab, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e o JudLab, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Três grupos de magistrados, com representantes de todas as regiões participaram de uma imersão colaborativa, com trocas de impressões e feedbacks entre os grupos. Após uma sessão de estímulo ao desenvolvimento do maior número de ideias possíveis, cada grupo escolheu uma ideia norteadora, que irá liderar os trabalhos da próxima oficina.
Os facilitadores incentivaram os participantes a deixar fluir a sua criatividade criando um ambiente livre de julgamentos e qualquer tipo de barreiras para sugerir todo tipo de ideia que pudesse solucionar o desafio trabalhado. Como resultado, um representante de cada grupo apresentou o que foi desenvolvido na oficina até aqui, momento em que a troca de ideais e feedbacks foram estimulados.
Para a magistrada Ana Luiza Câmara, Coordenadora Geral dos Juizados Especiais do Tribunal de Justiça de Pernambuco “Foi com grande alegria que pudemos participar do segundo dia da maratona de inovação e metodologias ágeis promovida pelo FONAJE a partir da colaboração de vários laboratórios de inovação brasileiros e poder ver a participação, a colaboração e o entusiasmo dos colegas do Brasil inteiro contribuindo com ideias e soluções para os problemas cotidianos do sistema dos Juizados. Tudo ocorreu de forma colaborativa, integrada, divertida, mas com uma metodologia muito eficiente, sendo conduzida e guiada pelos laboratoristas que estão nos auxiliando no processo. Acredito que este seja um caminho para encontrar várias soluções que possam melhorar a prestação jurisdicional dos Juizados Especiais”.
Importante ressaltar que, ao fim das oficinas, cada grupo apresentará seu protótipo no 51º Fonaje, sediado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), de 24 a 26 de maio. Na ocasião, uma proposta será escolhida para ser implementada como projeto-piloto em um tribunal estadual com potencial para ser replicada em âmbito nacional.
Assessoria de Comunicação Institucional