Casamento Comunitário é realizado pela primeira vez no Baixo Madeira
Calama é o primeiro distrito que houve a celebração
O Poder Judiciário de Rondônia realizou pela primeira vez o Casamento Comunitário na região do Baixo Madeira, em Porto Velho. O casamento civil é um contrato realizado entre duas pessoas que manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal. O distrito de Calama foi o primeiro a ser contemplado, 15 casais participaram da celebração.
A comunidade de Calama é formada por 13 vilas que estão localizadas às margens do Rio Madeira. Cerca de 5.000 pessoas moram na região e, em sua maioria, são agricultores e pescadores. Para chegar até a comunidade o barco da Justiça Rápida viajou 14 horas.
Os preparativos para o casamento começaram pela manhã, no barco. Com a presença do Cartório de Registro Civil 4º Ofício de Porto Velho, era realizado o pedido de habilitação dos casais. Enquanto isso, no Club Social da Comunidade era realizado a decoração da celebração com arranjo de flores, tapete vermelho, buquês e mesa com presentes para os noivos.
O primeiro casal que se cadastrou foi Eneide Matos de Oliveira (49 anos) e Nelson Denis da Silva (57 anos), que moravam juntos há 7 anos. Eneide contou que morava em Porto Velho e em uma viagem que fez para Calama apaixonou-se por Nelson e resolveram morar juntos. “Desde o início ele queria casar, mas gasta-se muito para ir até Porto Velho e com a Justiça Rápida realizando meu sonho estou muito feliz”, contou.
Seu Nelson disse que ficou sabendo que iria ocorrer o Casamento Comunitário na semana anterior, quando um servidor do Juizado Especial foi até seu local de trabalho avisando que a Justiça Rápida iria realizar os casamentos. “Eu cheguei no barco da justiça às 4 da manhã, queria ser o primeiro a se casar, e fico contente em saber que nós ganhamos uma festa”.
O casamento comunitário contou com o apoio da comunidade. A administradora do distrito, Priscila Pantoja, fez o bolo de três andares, 500 salgados e providenciou os refrigerantes.
A celebração iniciou às 16h e o primeiro casal entrou com a marcha nupcial ao som da banda da 54 BIS, exército de Humaitá. A abertura foi realizada pela coordenadora da Justiça Rápida, juíza de direito Sandra Silvestre, que agradeceu a presença de todos os casais que participavam da celebração. “Este projeto tem finalidade de atender aos noivos, que estão se preparando para uma longa e feliz vida familiar, e também regularizando a união de casais, que já possuem um relacionamento estável, porém não oficializado”, explicou.
A juíza de paz, Ana Clécia Gomes, deu continuidade à cerimônia com a troca de alianças, ouvido dos próprios noivos a confirmação de que persistem na proposta de se casarem por livre e espontânea vontade.
Em seguida, após a assinatura dos termos, os noivos receberam das mãos da juíza a certidão de casamento. E após o encerramento da cerimônia os noivos participaram da festa com a degustação de bolo, salgadinhos e refrigerantes.
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Assessoria de Comunicação Institucional