Na estreia da peça, o público lotou o teatro Palácio das artes para prestigiar o espetáculo que ressocializa por meio da arte
Com capacidade de mais de mil lugares, o teatro Palácio da Artes, em Porto Velho, ficou repleto de pessoas interessadas em assistir ao espetáculo que há décadas vem impactando pelo enredo e pelo apelo social que o projeto representa. Bizarrus voltou depois de sete anos e mostrou à plateia que não perdeu a força, nem a importância ao se constatar os resultados da mais recente versão do trabalho na noite de reestreia.
Autoridades, familiares e o público em geral, acompanharam as histórias dos novos componentes da peça, que evidenciaram no palco um talento sequer imaginado pela plateia e pelos próprios componentes do elenco. “Não tinha ideia que era o projeto e nem que poderia me tornar um ator um dia”, disse Moacir Neto, que interpreta o personagem King.
Além do talento, o que impressionou o público também foi a qualidade da produção, com figurinos, adereços, cenário, trilha, iluminação entre outros aspectos técnicos de padrão profissional. “Muita gente imagina que se trata de uma coisa amadora, mas quando chega aqui e se depara com um espetáculo incrível, de alto nível”, destacou o juiz Sérgio William, representante do Poder Judiciário, um dos parceiros do projeto. Ele explicou que os investimentos técnicos da encenação são advindos das penas pecuniárias.
Também enalteceram o projeto os representantes dos demais parceiros. O secretário Marcus Rito, da Sejus, ressaltou a busca por alternativas mais eficazes de ressocialização, representadas por Bizarrus e pela própria Acuda, outra parceira fundamental do projeto. “Bizarrus e a Acuda são um oásis na recuperação de vidas privadas de liberdade”, defendeu Luiz Marques, presidente da Acuda. A promotora Andrea Waleska Bogo, representante do Ministério Público, parabenizou o esforço dos envolvidos na peça ao longo de 8 meses de preparação. “A transformação desse elenco pode ser conferida aqui hoje, inclusive pelos familiares”, destacou o diretor geral, Marcelo Felice.
Além do espetáculo, o que provocou bastante sensibilidade foi justamente a presença dos familiares, que convidados a ficarem de pé, pelo diretor Marcelo Felice, demonstraram aos presentes quantas pessoas estão por trás de todo o processo de montagem. Em seguida, pais, irmãos, filhos e companheiras, puderam abraçar os atores e demais participantes do projeto, evidenciando um momento comovente entre os presentes. É o caso de Héliton Cassupá, que encontrou sua irmã, depois de quatro anos sem vê-la, um momento de forte emoção para ambos.
Assessoria de Comunicação Institucional