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02/09/2024 20:33

Cursos em Ouro Preto e Espigão do Oeste trouxeram aperfeiçoamento para quem lida com o projeto

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Mais uma etapa importante no projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas, desenvolvido pelo Poder Judiciário de Rondônia em parceria com prefeituras de 34 municípios rondonienses: a realização de capacitações com os envolvidos diretamente nas atividades. Nos dias 28 e 29 de agosto de 2024 em Outro Preto, técnicos, viveiristas e operadores de máquinas fizeram o curso de Sementes Florestais e nos dia 31 de agosto e 2 de setembro o curso de recuperação de solos, minas e nascentes foi aplicado em Espigão do Oeste.

O projeto “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas”, constrói viveiros para produção de mudas de essências florestais que são usadas na recuperação de áreas degradadas, arborização urbana, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios, contribuindo com a preservação do meio ambiente. O projeto, idealizado pelo juiz Maximiliano Deitos, recebeu o prêmio Juízo Verde em 2023, do Conselho Nacional de Justiça, e concorre ao prêmio Innovare.

As capacitações tiveram a coordenação do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e do Consórcio Intermunicipal da Região Centro Leste de Rondônia (Cimcero).


Sementes Florestais

A foto mostra os cursistas.

O curso de Sementes florestais ocorreu na Embrapa de Ouro Preto do Oeste (OPO), que gentilmente cedeu o espaço, com coordenação do TJRO e parceria da Sedam e do Cimcero.  O evento contou com a participação de 60 técnicos e viveiristas dos viveiros municipais participantes do projeto, provenientes de 21 municípios do estado de Rondônia, que se reuniram para aprender e trocar experiências sobre práticas de sementes e quebra de sementes, produção de mudas de qualidade e conservação de sementes florestais. 

Durante o curso, os participantes aprenderam sobre manejo e produção, métodos de germinação, o preparo dos canteiros e  tratamento prévio das sementes, como a quebra de dormência. Foram apresentadas diferentes formas de semeadura, incluindo o uso de canteiros de areia e recipientes, além de técnicas para o acompanhamento da germinação e a repicagem ou transplante de plântulas para recipientes, como sacos e tubetes. 

A colagem de fotos de várias etapas do curso.

Questões fitossanitárias, como doenças e pragas que afetam as sementes e mudas, também foram abordadas, juntamente com a identificação e o cadastro de árvores matrizes nos municípios, essenciais para a coleta de sementes e a produção de mudas de alta qualidade e variabilidade genética. Os participantes também receberam orientações sobre os utensílios, ferramentas e equipamentos necessários para a coleta de sementes, bem como sobre os métodos de limpeza, beneficiamento e armazenamento das sementes florestais. 

O curso foi ministrado pela engenheira florestal Kenia Michele de Quadros, Doutora na área pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que atualmente é professora adjunta na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) nos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia. Também esteve à frente das atividades a engenheira agrônoma Miriam Cristina Weirich Vergara, da Secretaria de Meio Ambiente de Rolim de Moura.



Apoio e Colaboração 

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Os municípios participantes do evento receberam diversas sementes florestais para serem cultivadas nos viveiros, bem como 17 mil sacolinhas para auxiliar no plantio das sementes para a safra 2024/2025. 

De acordo com o juiz Maximiliano Deitos, um dos coordenadores do projeto, "o curso promoveu um ambiente de aprendizado dinâmico e colaborativo, onde os participantes puderam adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre o manejo de sementes e mudas florestais. Essa troca de experiências é fundamental para o fortalecimento das ações de recuperação ambiental e para garantir a sustentabilidade dos nossos recursos naturais." 

Hermerson Alvarenga, gerente regional de gestão ambiental da Sedam de Ji-Paraná, também destacou a importância da capacitação. "Uma oportunidade valiosa para aprimorar as habilidades dos técnicos e viveiristas que trabalham diretamente na preservação das nossas florestas”, pontuou.


Recuperação de solos, minas e nascentes

A colagem de foto mostra a etapa de recuperação de nascentes.

Outra ação recente aconteceu em Espigão do Oeste, onde foi realizado o curso de Recuperação de Solos, Minas e Nascentes, idealizado pelos Projetos “Renascer das Águas” e “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas” e o Consórcio Intermunicipal de Rondônia (Cimcero), com apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Espigão D’Oeste e da Cooperativa de Crédito Credisis Oeste.

O evento contou com 30 participantes de 10 municípios, com orientação do Instrutor Jorge Murer, especialista em Educação Superior e Gestão Ambiental, da Semagri (Cacoal). Eles aprenderam processos de revitalização do solo nascentes e florestas, desassoreamento de nascentes, revestimento com pedra rachão de mão, construção da barragem,  com solo cimento, isolamento da APP conforme Código Florestal, locação das curvas de nível com aparelho de precisão RTK,  execução das curvas de nível com motoniveladora, com a função de impedir o arrasto de sedimentos de solo fértil e evitar o processo erosivo ao tempo em que retroalimenta o lençol freático.

Foram, ainda, orientados quanto ao processo de recomposição da mata ciliar com espécies florestais endêmicas a APP e monitoramento necessário para a consolidação das práticas conservacionistas do solo, nascentes e florestas.

 “Nesse momento de crise climática é muito importante essas práticas para evitar que os municípios e a população fiquem sem o bem mais precioso que temos, a água”, destacou Jorge Murer.

De acordo com Walmir Étori, diretor de parceria do Cimcero, “o curso reforça o compromisso dos parceiros do projeto em apoiar as iniciativas de conservação e restauração florestal em Rondônia, preparando as secretarias municipais para os desafios ambientais e práticas sustentáveis nos municípios da nossa região”, finalizou.


Assessoria de Comunicação Institucional

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