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23/02/2015 14:32

“Apadrinhando uma História” realiza primeira oficina em Porto Velho

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Projeto promove a assistência a crianças em situação de abrigo

A adoção não é a única alternativa para as crianças destituídas do seio familiar. Um projeto do Poder Judiciário do Estado de Rondônia em parceria com Ministério Público e Secretaria Municipal de Ação Social pretende trazer novas possibilidades para assistir a clientela que vive o drama da ausência da família original. Trata-se do “Apadrinhando uma História”, que estimula os voluntários a dar apoio afetivo ou financeiro às crianças e adolescentes que estão em abrigos institucionais.

Lançado em outubro de 2014, o projeto teve nesse sábado, dia 21 de fevereiro, o primeiro grande passo para a concretização do “apadrinhamento” de fato: a oficina de capacitação para os Padrinhos e Madrinhas. Ao todo, 21 inscritos dispostos a oferecer tempo, carinho, serviço ou apoio financeiro em favor do desenvolvimento e da boa formação dessas crianças.

O “Apadrinhando uma História” vem ao encontro do que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 19), que visa garantir o direito a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em situação de acolhimento.

“A ideia é minimizar o sofrimento enfrentado por eles, enquanto não se encontra uma colocação em famílias definitivas”, explica Caroline Modesto, da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Estado de Rondônia – CEJA.

De acordo com o projeto, são três as modalidades de padrinhos: afetivo, prestador de serviços e provedor. O padrinho afetivo será aquele que, além da visita, busca a criança para passar o final de semana ou férias escolares em sua companhia, proporcionando, dessa forma, uma convivência familiar; o padrinho prestador de serviços será o profissional liberal que atenderá crianças dentro de sua especialidade; já o padrinho provedor, atuará com o suporte material ou financeiro, como por exemplo: materiais escolares, calçados, brinquedos, cursos profissionalizantes, reforço escolar, prática esportiva, entre outros.

Na oficina, além da explicação do importante papel do padrinho, a equipe técnica do Juizado da Infância e Juventude busca o comprometimento dos voluntários, esclarecendo a eles a grande responsabilidade que se propõem a assumir. “O apadrinhamento é um gesto que traz grandes compensações, tanto para as crianças quanto para quem se propõe a apoiar. É gratificante promover a dignidade e a boa formação de pequenos cidadãos desprovidos da chance de um ambiente familiar convencional”, completou Emiriana Silva, assistente social do Juizado.

“O projeto supre uma lacuna nas políticas de atendimento do Poder Público nas relações afetivas das famílias substitutas com crianças de tenra idade, que normalmente não se estende aos maiores, ainda mais em crianças na pré-adolescência. Em resumo criou-se chance a que não tinha proteção do objeto”, disse o Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Daniel Ribeiro Lagos, também presente na oficina de capacitação.

Assessoria de Comunicação Institucional

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