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04/03/2015 20:48

Simpósio “Paz em Casa” agrada participantes em Ji-Paraná

O evento propõe uma reflexão de todos sobre as relações familiares

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O simpósio “Paz em casa: aspectos jurídicos e psicossociais” ministrado nesta segunda-feira, dia 2 de março, no auditório do Centro de Conciliação de Ji-Paraná, marcou o início das comemorações alusivas ao dia Internacional da Mulher a serem realizadas pelo Tribunal de Justiça de Rondônia. O evento, que contou com a participação de dois palestrantes: o titular do Juizado de Violência Doméstica Contra a Mulher, Álvaro Kalix Ferro e o psicológico Cristiano Correa de Paula, com a mediação do do juiz Osmar Francisco Alves Júnior, da comarca de Ji-Paraná, teve uma ótima recepção do público, sobretudo pela dimensão reflexiva sobre as relações familiares.

Após trazer dados importantes, porém tristes sobre a violência doméstica, o magistrado abordou aspectos do cotidiano, das relações entre pais e filhos, mulheres e maridos, aspectos sociais que muitas vezes ajudam a compreender melhor os impasses e a buscar saídas para a cultura da paz. “Essa palestra deveria ser assistida por toda a família”, disse a servidora Ludmila Oliveira, lamentando que a maioria presente era de mulheres.

Apesar de o simpósio ser dirigido a toda comunidade, o público feminino foi predominante, situação que se pretende reverter com a reedição do evento em Porto Velho, no dia 6, às 9h,no auditório do TJRO. “É importante que todos discutam a questão”, reforçou o juiz. Álvaro Kalix, citando o ministro Aires Brito, com quem trabalhou quando estava no Conselho Nacional de Justiça, reforçou que “o grau de desenvolvimento de uma sociedade se dá pela maneira como trata a mulher”. Por isso destacou que o papel da comunidade, segundo a própria legislação, é zelar pela proteção da mulher em todos os sentidos. “Em briga de marido e mulher tem sim que se meter a colher”, frisou .

O magistrado demonstrou que a lei Maria da Penha é uma lei moderna, uma das cinco melhores do mundo e já salvou mais de 180 mil pessoas no Brasil, sobretudo pelo caráter da proteção às mulheres vítimas de violência.

Álvaro Kalix aposta sempre no diálogo para o resolução dos problemas. “Muitas vezes o que o agressor precisa é apenas ser ouvido”, alerta. Por isso, segundo ele, a necessidade, de programas que trabalhem o lado psicossocial, como o “Abraço”, desenvolvido no Juizado de Violência Doméstica Contra a Mulher. Os agressores são sentenciados a frequentar reuniões com a equipe psicossocial. As vítimas também são atendidas, o que tem trazido ótimos resultados para a “paz em casa”.

Muitos homens não tiveram a cultura de paz em casa, por isso sequer sabem como se comportar”, complementou o psicólogo Cristiano de Paula. “É preciso criar um novo paradigma para esses agressores saírem do ciclo da violência”, ao explicar melhor como funciona o projeto e quais as consequências benéficas para a sociedade.

As manifestações da plateia contribuíram ainda mais para a discussão, pois trouxeram à tona costumes, hábitos e práticas do cotidiano que podem ser repensadas a partir da dessas reflexões.

Exposição e Filme

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O simpósio não foi a única atividade realizada na comarca de Ji-Paraná. A exposição fragmentos femininos, composta por fotografias de mulheres em suas diferentes facetas, também chamou a atenção pela força e originalidade. Em cada imagem, captada pela servidora Ana Carolina Cardoso, um pequeno histórico das retratadas e um poema das servidoras Nilza Menezes e Maria Inês.

À noite, na exibição do filme Tina, sobre a cantora americana Tina Turner, a exemplificação do ciclo da violência na vida da artista e sua superação com a atitude de empoderamento e melhoria da autoestima.

O debate após a exibição do filme teve ainda a participação do juiz Edewaldo Fantini Junior, responsável por julgar as ações de violência doméstica na Comarca.

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Assessoria de Comunicação Institucional

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