1ª Câmara Criminal presta homenagem à servidora que se aposenta
“Só neste Tribunal foram 24 anos, dentre os quais, 20 neste 1º DEJUCRI. Tenho certeza de que fiz história, formei opiniões, passei experiências, recebi apoio e ensinamentos. É tempo de renovação! Até as folhas precisam cair para que outras, em seu lugar, nasçam. Deixo o 1º Departamento Criminal com a consciência do dever cumprido”. Este foi o tom do discurso de despedida da servidora, analista judiciária Zilda Guimarães de Araujo, que se aposentou, voluntariamente, dia 27 de fevereiro de 2015.
O discurso da servidora ocorreu nesta quinta-feira, 05 de março de 2015, durante a sessão de julgamento de número 1389 da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Rondônia, que a homenageou por meio de seus membros. Durante a sessão o desembargador Valter de Oliveira, presidente da Câmara, disse que Zilda Guimarães cumpriu a sua missão de forma exemplar com dedicação aos serviços judiciais. “Realmente você marcou sua história aqui.”
Zilda Guimarães fez carreira e construiu uma história brilhante no Poder Judiciário rondoniense no decorrer da sua prestação jurisdicional de 24 anos. Ela ingressou no Tribunal de Justiça por meio de concurso público dia 08 de novembro de 1990. E desde sua posse mostrou abnegação pela prestação de serviço, com responsabilidade e competência.
Com essas qualificações, Zilda Guimarães assumiu o cargo de secretária executiva, depois foi convidada para ser assessora da Presidência do TJRO e em seguida, assumiu a direção do Departamento Judiciário Criminal, do qual se desligou em razão de sua aposentadoria.
Além dos trabalhos desenvolvidos no Dejucri, participou de comissões disciplinares e de sindicâncias, de grupo de estudos como das “Diretrizes Gerais de normas regulamentadoras Judiciais do 2º Grau”, na qualidade de membro, que está em vigor desde o ano de 2008. “Não existia diretrizes de normatização no Tribunal de Justiça, havia somente nos fóruns judiciais. Foi um trabalho árduo, porém de grande valor para instituição”, explica.
Trajetória e ascensão
Ela conta que quando ingressou no TJRO, só existiam dois departamentos judiciários: um criminal e um cível, nos quais, nos anos noventa, “os atos eram realizados em máquinas de datilografia; as atas eram registradas em livros, a distribuição de processos judiciais era realizada por sorteio manualmente. Nesse período, as pautas de julgamentos contavam com cinco ou sete processos”.
Em todo período de trabalho na Justiça de Rondônia teve dois chefes, para ela inesquecíveis, com quem aprendeu muito, reportando-se aos desembargadores Dimas Ribeiro da Fonseca, presidente da Câmara à época, e Valter de Oliveira, atual presidente da 1ª Câmara Criminal. Foi a partir desses ensinamentos e aprendizagem que Dimas Fonseca a indicou ao desembargador Adilson Florêncio de Alencar para assunção ao cargo de Assessora Jurídica da Presidência. “Naquela época não existia o Departamento de Consultoria Jurídica, Conjur, nem o Departamento do Conselho da Magistratura”, tudo era analisado pela assessoria da Presidência”.
Mais adiante, com a aposentadoria de um e a transferência de outro diretor, Zilda Guimarães assumiu experimentalmente a Diretoria do departamento criminal, no qual permaneceu até o dia 26 de fevereiro de 2015.
Pessoas marcantes
A servidora falou da admiração e apreço que tem pelos desembargadores Dimas Ribeiro da Fonseca e Valter de Oliveira. Para ela o desembargador Dimas Ribeiro da Fonseca, além de ser um homem educado, é muito culto. Ela disse que nos intervalos das sessões da Câmara Criminal, única na época, o desembargador Dimas produzia poesias relacionadas às pessoas que atuavam naquele momento e ao final de cada sessão, ele lhe mostrava. “Eu acredito que ele tenha em seu acervo literário muitas daquelas produções poéticas”, comenta.
Já com relação ao desembargador Valter de Oliveira, ela sintetizou: “nunca vi uma pessoa mais justa. Sem querer desmerecer os demais, mas os desembargadores Dimas Ribeiro da Fonseca e Valter de Oliveira foram pessoas importantes tanto em meu trabalho quanto no meu aprimoramento profissional”, relata.
Vanguarda da Justiça
Em suas lembranças, Zilda Guimarães afirmou que trabalhou por cerca de 10 anos à base da datilografia, mas afirma que o TJRO está na vanguarda, sempre. “Veja que antes levávamos cinco processos para julgamento, atualmente leva-se mais de 100, fora os extrapauta, isso ocorre devido ao acompanhamento do avanço tecnológico e aperfeiçoamento constante dos servidores”.
Aposentadoria
Por fim, a servidora disse que está se aposentando por circunstância de amor à sua família: esposo e filhos. A vontade dela seria continuar trabalhando por mais tempo, mas afirmou que não vai abandonar a carreira jurídica. Ela disse: “eu nunca me acomodei, sempre estive em busca do aperfeiçoamento, nunca parei de estudar. Tenho a plena certeza de que dei o melhor de mim neste Poder”, finaliza.
Currículo
Durante o período em que esteve laborando no Judiciário rondoniense, Zilda Guimarães enriqueceu ainda mais seu currículo profissional. Ela é graduada em Matemática e Direito e tem várias Pós-Graduações (especializações) como em Metodologia do Ensino Superior, Direito Penal e Processo Penal e Administração Judiciária. Além disso, conta com mais de 6 mil horas de cursos de capacitação e aprimoramento proporcionados pelo TJRO, entre os quais destaca o de Formação de Formadores e Inteligência Emocional.
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Assessoria de Comunicação Institucional