Servidoras da Justiça são homenageadas em evento que marcou o Dia da Mulher
Elas são pioneiras da Justiça de Rondônia. Dedicaram grande parte da vida na construção e consolidação do Poder Judiciário do Estado, mas agora deixam a vida profissional para ingressar numa nova e merecida jornada, a aposentadoria.
Em razão da valorosa contribuição dessas aguerridas mulheres, o Tribunal de Justiça de Rondônia aproveitou o simpósio “Paz em Casa”, evento que marcou o dia internacional da mulher no TJRO, para homenagear Maria Montenegro, coordenadora da Revisão Redacional, Zilda Guimarães, diretora do 1º Departamento Judiciário Criminal e Maria Helena do Prado Guimarães, escrivã do Juizado da Infância e Juventude, todas elas do primeiro concurso do TJRO.
Além delas, foi homenageada também Helena Soares de Oliveira Carvajal, a primeira servidora nomeada no Poder Judiciário de RO, portaria número 001, em 27 de janeiro de 1982. Ela assumiu o cargo de diretora geral da Secretaria do Tribunal de Justiça de Rondônia, responsabilidade que só deixaria em 1988 para assumir a titularidade do cartório do 2º Ofício de Registros Civis das pessoas naturais e tabelionato de notas, resultado do primeiro concurso para provimento dos cartórios extrajudiciais do Estado de Rondônia, realizado peloTJRO.
“Minha irmã está muito feliz com o reconhecimento. Ela deu muito ao tribunal e recebeu muito em troca, por isso tem o maior carinho pela instituição”, disse Maria Inês Oliveira, irmã de Helena, que não pode comparecer à solenidade por motivo de viagem.
As homenageadas, exemplos de profissionalismo e competência, receberam placas com agradecimento ao papel fundamental exercido por elas no Poder Judiciário e um exemplar do livro dos 30 anos do Tribunal de Justiça de Rondônia, que relata um pouco do que elas ajudaram a construir.
“É uma homenagem mais do que justa, afinal são servidoras que deixam um legado tanto na organização quanto no aperfeiçoamento dos setores onde atuaram”, lembrou o presidente do TJRO, desembargador Rowilson Teixeira.
Emoção
A homenagem, feita logo após a realização do simpósio, foi um momento de grande emoção, não só para as agraciadas, como também para os colegas, que a partir de agora, não as terão mais como companheiras cotidianas de trabalho.
Manifestações de carinho ocorreram espontaneamente. Recitação de poesia, entrega de flores, faixas, foram alguns dos gestos para retribuir a dedicação e a amizade.
Maria Montenegro não se conteve. Agradeceu a demonstração de afeto, relembrando momentos marcantes do convívio com os colegas. “Foi um aprendizado mútuo. Só tenho a agradecer a oportunidade de crescer junto com a instituição. Hoje saio realizada e feliz de ter cumprido o meu dever com a ajuda de todos os colegas da revisão e da taquigrafia”, declarou.
Quem também verteu lágrima foi Zilda Guimarães, que recomendou aos novos servidores vestir a camisa da Justiça, pois os frutos que obteve durante a caminhada foram os melhores e mais saborosos.
Maria Helena Guimarães lembrou as dificuldades do início da carreira, quando assumiu como servidora da vara de família e tinha que exercer múltiplas tarefas: no cartório, na sala de audiência, no atendimento ao público. A partir de 1985 passou a atuar na área da Infância e Juventude, de onde não mais saiu. “Enfrentamos muitas pressões, características dessa área, entre elas rebelião de unidades”, contou. Sempre combativa, lutou pela organização e simplificação dos procedimentos no Juizado. “Hoje, posso dizer que temos uma máquina judiciária azeitada. Nossos processos mais antigos são de dezembro. Sinto-me orgulhosa em deixar como legado a conscientização dos colegas para agilizar os procedimentos”, completou.
Com a homenagem, o Tribunal, por meio das pioneiras, aplaude as conquistas alcançadas por todas as servidoras, aliando-se a elas na caminhada para superar os preconceitos e discriminações de gênero, assegurando garantias jurídicas, educacionais e culturais.
Assessoria de Comunicação Institucional