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17/04/2015 17:10

Ação de solidariedade leva servidores do judiciário ao Lar do Bebê

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Uma tarde de emoções para os servidores dos Juizados Especiais e Central de Conciliação da comarca de Porto Velho. Eles visitaram o “Lar do Bebê”, abrigo municipal destinado a acolher crianças que enfrentam situações de abandono ou destituição de poder familiar. O objetivo era levar um pouco de conforto para quem, por motivos alheios à sua vontade, foi privado da convivência familiar. “É muito triste ver crianças tão novinhas, algumas com dois meses de idade, já abrigadas em instituições”, comentou Emmanuel Barbosa de Oliveira, técnico judiciário.

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Durante a visita, os 12 servidores conheceram melhor a instituição municipal e puderam ter momentos de convivência com as 42 crianças abrigadas. Brincadeiras e jogos fizeram parte deste momento de confraternização e solidariedade.

No meio da sala de recreação do abrigo, na qual cerca de 20 crianças se divertiam com servidores do Poder Judiciário, uma cena chamou a atenção, não apenas pelas personagens - uma menina e uma mulher envolvidas num jogo de mãos -, mas pela força dramática e pelo histórico daquele encontro, que pela segunda vez acontecia, porém em ambientes totalmente diferentes.

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A mulher é a juíza Sandra Silvestre, dos Juizados Especiais e coordenadora da Justiça Rápida Itinerante, e a menina, que pela legislação não poder ser identificada, é uma abrigada que acabou sendo retirada da família, numa localidade do baixo madeira, por negligência e maus cuidados.

O primeiro encontro entre as duas foi justamente durante a operação do barco da Justiça no Baixo Madeira, ocorrida em julho de 2014, quando a juíza, motivada por denúncias feitas por vizinhos na localidade ribeirinha, fez uma vistoria na casa da menina. A situação encontrada comoveu toda a equipe que acompanhou a magistrada. Portadora de síndrome de down, a pequena garota, de menos de 2 anos, enfrentava sérios problemas desde higiene do ambiente, falta de alimentação, até negligência no tratamento a sua saúde - ela estava gripada, levando a juíza, que na época conversou com a família, recomendar a visita do conselho tutelar à residência para uma análise da situação.

Quase um ano depois, a menina está no lar do bebê, junto com várias outras crianças que passam por situações semelhantes e são encaminhadas ao abrigo temporariamente até que a situação seja resolvida. O esforço maior é que as crianças permaneçam com suas famílias, mas nem sempre isso é possível. Grande parte tem o processo de destituição do poder familiar deferido, o que consequentemente a leva para adoção, afinal toda criança tem o direito à convivência familiar e comunitária.

A institucionalização da criança é vista muitas vezes como algo positivo, pois os abrigos dispõem de serviços como: alimentação, saúde, educação, porém jamais oferecem a experiência da convivência familiar, o que é essencial para o desenvolvimento do ser humano. Percebemos que o carinho, abraço e atenção são sentimentos que precisam ser supridos”, comentou a magistrada.


Solidariedade

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Os servidores deram contribuição financeira e organizaram a compra de salgadinhos, pipoca doce, livros infantis e brinquedos para levar às crianças. Os presentes foram entregues aos pequenos, que comemoraram a tarde de brincadeiras.

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“Mais do que o presente material, sentimos que eles ficaram muito felizes com nosso contato, com nossa atenção e carinho”, comentou a servidora Emanuelle Lima, que também levou o filho Davi de 4 anos para o abrigo. “Ele me perguntou se podíamos levar um dos bebês pra casa”, contou.

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A filha da magistrada, Maria, de 5 anos, também participou ativamente da visita, inclusive separando seu próprios brinquedos, todos em ótimo estado. Ela fez questão de entregar os presentes e depois comentou com a mãe traduzindo, à sua maneira, os princípios da solidariedade: “Mamãe, quando nós doamos alguma coisa, nós recebemos coisas boas em troca, né?”.

 

Abaixo os vídeos dos projetos ligados aos abrigos e ao programa de colocação familiar:


 

confira mais fotos da visita ao abrigo:

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Assessoria de Comunicação Institucional

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