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08/05/2015 16:43

Desembargador do TJRO lança oitava obra literária

dimas livro 080515“Derradeiros Cantos” é o título do oitavo livro escrito pelo desembargador inativo Dimas Fonseca. O lançamento será na sexta-feira (8), às 19 horas, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Rondônia (OAB/RO). Os leitores vão poder se deliciar com uma linguagem simples, clara e direta que marcam os textos produzidos pelo magistrado. A obra literária é dividida em duas partes e conta histórias instigantes vivenciadas pelo autor.

“Minha esposa impugnou o título do livro, me disse ‘você aparenta viver mais um pouco’, cheguei a cogitar pela mudança do nome. Essa ideia é influência de Gonçalves Dias, ele não falou ‘derradeiros cantos’, mas escreveu ‘meus últimos cantos’. Esse livro é o prenúncio da parte final da minha pretensão literária”, afirma o autor, que confessa enorme admiração pelo poeta maranhense. A influência de Gonçalves Dias está presente nas obras do desembargador, o último livro escrito pelo magistrado chamado “Gonçalves Dias: Amor e Morte” narra os principais momentos da vida do escritor morto em 1864.

Dividida em duas partes, “Derradeiros Cantos” apresenta no primeiro momento alguns acontecimentos pelos quais o autor passou nos cinco estados que viveu: Minas Gerais, Piauí, Maranhão, Rondônia e Distrito Federal. A segunda parte da obra relata história ocorrida na cidade natal de Guadalupe-PI, ainda na década de 40, e fala sobre um susto dado na população local.

“Apareceu um louco que já era conhecido na cidade e se chamava Jerônimo. Ele tinha fugido do Hospital Psiquiátrico da capital e chegou à nossa cidade na época de Festa Junina. Quando a notícia chegou, as mulheres ficaram atordoadas”, lembra o escritor rondoniense que acrescenta “Meu pai brincalhão disse: ‘Já pensou se essas mulheres fossem atacadas pelo louco Jerônimo?’, foi quase que uma sugestão. Chamei um primo de São Paulo, pegamos uma saia da empregada e fizemos um vestido, coloquei um chapéu de couro na cabeça e um galo seco na mão. Depois comecei a bater uma pedra na outra pelo mato, assim como fazia o louco. Lembro que avistei uma mulher bonita, e ao se deparar comigo correu aos gritos e apavorada. Quanto mais ela corria, mais eu e meu primo saímos atrás”, se diverte o escritor com o acontecimento ocorrido quando era adolescente. Essa narrativa está presente no capítulo “Um susto em uma donzela”, assim como tantas outras histórias divertidas.

O desembargador aposentado pelo TJRO pretende disponibilizar as obras para secretarias de educação e fazer distribuição nas bibliotecas e escolas públicas. “Embora nessa obra tenha colocado ‘derradeiros’, o fato é que há muitas histórias interessantes por esse ‘mundão’. Vivi em muitos lugares e aprendi muitas coisas. É possível que eu rabisque mais algumas coisas daquilo que ficou para trás”, finaliza o autor de “Derradeiros Cantos”, que estará disponível nas principais livrarias de Porto Velho.


Obras Literárias

Dimas Ribeiro da Fonseca é autor das obras “Discursos e Outras Contravenções” de 1983, que trata sobre os primeiros versos escritos pelo magistrado; “Minha Vida em Quatro Estações”, no qual o autor escreve uma autobiografia nos cinco estados que viveu – Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Distrito Federal e Rondônia – obra datada de 2000; “Cantos da Terra e do Infinito”, trazendo a segunda obra poética do escritor em 2005; “Entre o peso da Toga e o Canto da Lira”, de 2001; “O Crime de Giletilândia”, baseado em fatos reais de um processo criminal no Nordeste e depois transformado em peça teatral pelo escritor em 2007; a biografia do pai Manoel Ribeiro da Fonseca, comerciante no Piauí e conhecido como “Seu Beija”, também compõe o acervo do escritor; e a prosa “Gonçalves Dias: Amor e Morte”.


O Autor

Nascido em 25 de março de 1931, em Guadalupe-PI - cidade inundada pela construção da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança. Dimas Fonseca veio à Rondônia pela primeira vez, quando ainda era procurador no Distrito Federal, em 1975, para integrar uma comissão que tinha como tarefa levantar o patrimônio indígena do Brasil.

A segunda vez também ocorreu nos tempos em que o Estado ainda era Território Federal, subordinado a Brasília, com objetivo de fiscalizar as ações do Ministério Público na região, inspecionando a promotoria e procuradoria.

Quando foi promulgada a Lei 41, que transformava Rondônia de Território para Estado, o associado vivenciou o ato solene da transformação e, ao retornar a Brasília para o cargo de procurador, recebeu convite do governador Jorge Teixeira para integrar a primeira composição do novo Tribunal de Justiça. Ao lado dos desembargadores Hélio Fonseca, Aldo Alberto Castanheira, Fouad Darwich Zacharias (1º presidente do TJRO), José Clemenceau Pedrosa Maia, Darci Ferreira e César Montenegro. Dimas Fonseca é o sétimo integrante dos “7 Samurais do Judiciário de Rondônia”, como ficou conhecido os sete primeiros desembargadores do Estado.


Assessoria de Comunicação Institucional

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