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19/02/2016 16:06

Poder Judiciário de Rondônia inicia Oficinas de Pais e Filhos

 Pais e filhos

O Serviço de Apoio Psicossocial às Varas de Família da Comarca de Porto Velho, realizou na manhã de hoje, 19, a primeira Oficina de Pais e Filhos, que atende à demanda dos processos judiciais das quatro varas de família.

As oficinas têm o objetivo de apoiar as famílias e dar auxílio ao que ocorre com as crianças e os adolescentes após a separação dos pais e, a partir dos encontros, se organizarem para colocar em prática mudanças eficientes para o bom entendimento familiar, buscando o menor dano emocional a todos os envolvidos.

Para o psicólogo Fredson Batista dos Santos, instrutor de uma das oficinas, o encontro servirá para os participantes refletirem sobre o seu relacionamento e que busca ainda reestabelecer a convivência com o outro e também com os filhos, que são os mais afetados no momento da separação.

Marilena Roberto da Silva, participante da oficina, afirmou que na hora que recebeu o convite entendeu que a oficina serviria como melhor aprimoramento de convivência na hora da separação. “Nós estamos há quatro anos separados, e isso vai nos ajudar, pois o relacionamento que era zero de comunicação, hoje já é possível”.

As oficinas buscam harmonizar e estabilizar as relações familiares e, ainda, prevenir a Alienação Parental, na medida em que procura conscientizar os pais da importância de ambos na vida dos filhos e dos malefícios que a perda parental ocasiona.

Formação dos instrutores

Como marco inicial da implantação dessa política no Judiciário rondoniense, a Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron) deu início em novembro à primeira turma da “Formação de Instrutores da Oficina de Parentalidade e Divórcio”. Juízes, psicólogos, assistentes sociais, promotores de justiça e defensores públicos ligados às Varas de Famílias e Sucessões; conciliadores dos Centros Judiciários de Resolução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Porto Velho e psicólogos da rede estadual de educação, são capacitados para atuação como multiplicadores.

Experiência em outros países

A experiência de países como Estados Unidos, Canadá e Portugal, que já organizam cursos para pais divorciados e crianças e adolescentes de pais divorciados, revela resultados positivos e eficazes. Com base nessa experiência, em maio de 2014 o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou a Recomendação Nº 50, indicando aos Tribunais de Justiça a adoção da Oficina de Parentalidade como política pública para a resolução de conflitos familiares. Também conhecida como Oficina de Pais e Filhos, possui programa educacional interdisciplinar, visando auxiliar casais em fase de reorganização familiar, após rompimento do vínculo conjugal.


Assessoria de Comunicação Institucional

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