Magistrados rondonienses desmistificam a Justiça para estudantes de Porto Velho
Teatro e lançamento de cartilha foram destaques da programação
Estudantes da Escola Risoleta Neves, localizada no bairro Tancredo Neves, Zona Leste de Porto Velho, receberam uma aula diferente na tarde desta quinta-feira, dia 14. Uma peça teatral e um bate papo com juízes do Poder Judiciário de Rondônia levaram esclarecimentos sobre o funcionamento da Justiça e o papel do juiz na sociedade. “É muito gratificante verificar o interesse de jovens pelo Judiciário. As perguntas que nos foram feitas demonstram os anseios da sociedade pela garantia de seus direitos, e, sobretudo, os problemas que afetam diretamente a juventude”, observou o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, desembargador Sansão Saldanha.
Além dele, vários outros magistrados participaram da ação de cidadania e Justiça, promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros e apoiada pelo TJRO. O presidente da Associação de Magistrados de Rondônia, juiz Francisco Borges, aproveitou para apresentar aos alunos a cartilha da Justiça, com histórias em quadrinhos sobre diversas situações envolvendo o Judiciário. “É uma maneira leve e atraente de aprender sobre um assunto considerado por muitos como complicado”, destacou.
“Queremos que vocês sejam formadores de opinião e multiplicadores de conhecimento sobre os direitos e deveres de todo cidadão”, disse a coordenadora da cartilha Cidadania e Justiça na Escola da AMB/Escola Nacional da Magistratura (ENM), Nartir Weber, que veio a Rondônia especialmente para o lançamento da revistinha.
Os personagens dos quadrinhos, o menino Brasil ou Brasilzinho e a deusa Têmis menina, da Justiça, também participaram da atividade. Atores vestidos com bonecos dos protagonistas pousaram com os estudantes na quadra da escola.
A juíza Euma Tourinho, que escreveu o roteiro da peça apresentada aos alunos, pontuou os temas que considera importante discutir com o público escolar, tais como questão de gênero, trabalho infantil, bullying, drogas, adolescentes em conflito com a lei. “São questões que eles se deparam todos os dias, mesmo assim seguem estudando, lutando para construir um futuro melhor”, destacou a magistrada também oriunda de escola pública.
A peça trabalhou esses aspectos de maneira dramatizada, buscando personagens e situações que envolvessem os estudantes e provocassem a identificação.
Outros magistrados se manifestaram à medida que os estudantes foram fazendo perguntas. Para o juiz Dalmo Bezerra, da Infância e Juventude, o questionamento foi com relação às medidas socioeducativas, que para alguns estudantes dava sensação de impunidade. “O adolescente deve cumprir medida por, no máximo 3 anos, segundo prevê o ECA”, esclareceu. O juiz Adolfo Naujorks falou das dificuldades da carreira, e a juíza Silvana Freitas reforçou a importância do estudo para superação dos conflitos.
Confira o álbum:
Assessoria de Comunicação Institucional