Justiça na Escola mobiliza estudantes para temas que atingem as famílias
Situações de violência levadas ao extremo encenadas em uma peça teatral impactam os alunos do ensino médio da Escola Petrônio Barcelos, em Porto Velho. Trata-se do projeto Justiça na Escola, desenvolvido pelos juízes Úrsula Gonçalves e Edenir Albuquerque, também professores do curso de pós-graduação da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia -Emeron. Os autores e encenadores da peça são os alunos da Emeron, que por meio da arte trazem para o debate de temas como alcoolismos, violência contra a mulher, contra a criança e o adolescente, abuso sexual, drogadição, entre outros problemas que atingem as famílias.
Os temas abordados são amplamente discutidos entre atores e expectadores, sempre com a orientação e condução dos magistrados. "Temos que fazer algo para evitar a violência. Usar as ferramentas disponíveis, inclusive a própria legislação. Quando necessário recorrer à Justiça", observou Edenir Albuquerque para quem a escola é o espaço de coletivização e solidariedade. "Temos sempre que pensar no outro para pensar em comunidade", acrescentou.
A força das personagens apresentadas na peça, aliada à boa atuação dos alunos da Emeron, impactou os expectadores, que participaram das discussões, apresentando suas impressões, sugerindo caminhos, tirando dúvidas e, sobretudo, comparando os exemplos retratados na peça com as situações do cotidiano.
Para a juíza Úrsula Gonçalves, a intervenção junto aos estudantes contribui para uma formação mais humana e participativa dos jovens, incentivando-os a refletir sobre temas relevantes na sociedade. "Ter o contato mais próximo com a comunidade também nos ensina muito, sobretudo manter o olhar não apenas no processo, mas nas situações e nas pessoas", refletiu.
As apresentações do projeto Justiça na Escola continuam nesta quarta-feira, no auditório da Escola Petrônio Barcelos. Mais dois grupos encenarão espetáculos com temas sobre privacidade e afetividade, o que promete mais interação entre a comunidade jurídica e a população. O projeto já contemplou a Escola São Luiz e, no mês que vem, chega à Escola Eduardo Lima e Silva.
Assessoria de Comunicação Institucional
