Apadrinhando uma história completa 2 anos de projeto com comemoração
As crianças que estão nos abrigos de Porto Velho tiveram uma tarde de recreação no lar do bebê
Anderson apadrinha uma criança de 10 anos de idade, que está no abrigo Cosme e Damião. Todos os dias, quando sai do trabalho, passa na unidade de acolhimento para ver como o menino está. Aos finais de semana, o leva para casa, passeia, assiste TV... Quando é preciso, leva ao dentista. As aulas de reforço, pagas pelo padrinho, garantiu ao menino a alfabetização. "Apesar de estar no terceiro ano, verifiquei que ele não sabia ler", constatou perplexo.
Tanto padrinho quando apadrinhado, segundo os profissionais das unidades, ganham com essa relação. Hoje Anderson, por visitar o abrigo periodicamente, acaba conhecendo todas as crianças, e proporcionando atenção e carinho a elas. Por outro lado, recebe delas muito amor. "Eu aprendo cada dia mais", reconhece o padrinho da modalidade afetiva. Além dessa modalidade, há ainda mais duas: provedor e prestador de serviço.
O programa completou 2 anos e, para ressaltar esse marco importante do projeto que proporciona experiências e referências socioafetivas a crianças e adolescentes em situação de acolhimento, os parceiros - Secretaria de Ação Social do Município, Tribunal de Justiça e Ministério Público - fizeram uma comemoração reunindo crianças/adolescentes, profissionais e padrinhos na unidade Lar do Bebê, em Porto Velho.
A tarde de recreação foi no domingo, 23 de outubro, e teve como objetivo integrar a sociedade civil ao público beneficiário do projeto por meio do apadrinhamento. Várias atividades foram desenvolvidas como brincadeiras, sessão de fotos e um lanche especial.
Para a adolescente de 17 anos, o projeto trouxe uma oportunidade de convivência com pessoas fora do abrigo. "É difícil não ter ninguém para conversar. Com minha madrinha, posso desabafar, pedir opinião. É muito bom", explica.
Em 2016 o "Apadrinhando uma história conta com 40 padrinhos afetivos, 12 provedores (que financiam alguma atividade ou mesada para as crianças) e 30 prestadores de serviço (psicólogos, assistentes sociais ou qualquer outro profissional que queira proporcionar algum benefício à criança, oferecendo o próprio trabalho).
Entre os bons resultados obtidos com o projeto é o desenvolvimento da autoestima em crianças e adolescentes, já que se tornam mais seguras em seus relacionamentos sociais e afetivos.
Assessoria de Comunicação Institucional