Comarca de Vilhena realiza dez júris no mês de março
Num dos casos, o réu é julgado pelo suposto feminicídio da ex-esposa
A 1ª Vara Criminal da comarca de Vilhena realiza 10 sessões do Tribunal do Júri no período de 13 a 17 e 27 a 31 de março. Serão 10 sessões para julgamento de 12 acusados de crimes de homicídio ou tentativa de homicídio.
As audiências serão presididas pela juíza Liliane Pegoraro Bilharva e terão início às nove da manhã. Cerca de 38 pessoas podem ser ouvidas como testemunhas durante os julgamentos, que têm início com o sorteio dos sete jurados, seguida a apresentação do réu, a ciência da acusação e eventual leitura de peças. Em seguida são realizados interrogatórios e oitivas de testemunhas, seguidas dos debates, com réplica e tréplica, para defesa e acusação.
No Tribunal do Júri são julgados apenas os acusados de crimes dolosos contra a vida, ou seja, aqueles cometidos com a intenção de tirar a vida de outra pessoa. Em oito desses julgamentos os réus terão com patronos a Defensoria Pública.
Réus
Na primeira sessão, dia 13, próxima segunda-feira, Paulo Soares do Rosário será julgado sob a acusação de tentativa de homicídio de Wilson Bezerra, crime que teria ocorrido no distrito de Nova Conquista. Damião Robenildo Santos Pequeno e Pedro Rogério Derner serão julgados no dia 14. Na terça-feira, 15, Jhonatan dos Santos Souza será réu no processo que responde por homicídio qualificado. Valdinete de Souza Soares e Weslen Soares de Jesus são acusados de tentativa matar duas pessoas; e no dia 17, Juliana Sampaio Dias será julgada também por tentativa de homicídio.
As sessões serão retomadas no dia 27, com o julgamento de Leandro Rui Castilho da Cunha e, no dia 28, Elias Pereira Gomes. Dia 29 será julgado Isaías Pereira Silva; no dia 30, João Cândido de Araújo, e, na última sessão dessa primeira reunião periódica de 2017, Villmar Jaques de Oliveira da Silva será julgado por homicídio qualificado.
Feminicídio
Um dos casos da pauta de julgamentos está relacionado à violência doméstica e familiar contra a mulher. Elias Pereira é acusado de ter tentado matar a ex-companheira com um tiro na cabeça. A vítima fingiu de morta e sobreviveu ao ataque, que seria motivado pelo inconformismo do réu com relação à separação do casal. Num primeiro julgamento, Pereira foi absolvido, mas o Ministério Público do Estado recorreu ao Tribunal de Justiça e o primeiro júri foi anulado. A acusação do caso é pelo crime de feminicídio, ou seja, motivado por uma questão de gênero e faz parte da mobilização nacional da Semana pela Paz em Casa, que visa à agilidade no julgamento de casos relacionados à Lei Maria da Penha. O réu também é acusado de associação e tráfico de drogas nesse processo.
Assessoria de Comunicação Institucional