Comarca de Pimenta Bueno recebe exposição e debate filme sobre a violência contra a mulher
Estudantes da rede estadual, profissionais da rede de proteção à mulher, servidores e cidadãos participaram do Cine Reflexão, atividade que marca a abertura da exposição "O nome da resistência é mulher", na comarca de Pimenta Bueno. As atividades fazem parte do Mês da Mulher, projeto do Poder Judiciário para chamar a atenção e conscientizar a sociedade para a garantia de direitos e a promoção da igualdade.
O documentário, "Quem matou Eloá", da diretora Lívia Perez, exibido no auditório do fórum, conta a história de Eloá, de 15 anos, que foi mantida refém por cinco dias pelo ex-namorado Lindemberg Alves, de 22 anos, em 2009. O filme, que debate a espetacularização da violência e a abordagem da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher, provocou muitos questionamentos dos estudantes, sobretudo no sentido de esclarecer em que situações os costumes e atitudes da sociedade vulnerabilizam as meninas e mulheres.
A juíza Roberta Cristina Garcia esclareceu que praticamente todos os dias chegam até o judiciário casos em que é necessário conceder medida protetiva à mulher vítima de violência doméstica, demonstrando aspectos possessivos e desiguais nas relações.
O magistrado Wilson Soares Gama alertou para a necessidade de uma conscientização da sociedade no sentido de combater os comportamentos machistas, motivadores, na maioria das vezes, da violência e do preconceito contra a mulher.
Aline Dantas, Janaína Bernades, Iuna Fábia e Leandro Fonseca, profissionais do núcleo psicossocial da Justiça, esclareceram dúvidas dos estudantes sobre as formas de violência (física, psicológica, sexual, moral, etc), o ciclo da violência doméstica. "O esclarecimento é a melhor arma para previnir a violência", disse Aline.
Resistir
Quem também participou do debate foi a fotógrafa Marcela Bonfim, autora das fotos da mostra "O nome da resistência e mulher", imagens que propõe uma reflexão sobre a condição da mulher negra na sociedade. Ao todo, 14 fotos de mulheres negras símbolos de superação a diversas situações de preconceitos e discriminação.
Ao apronfundar a temática da violência para outra questão crucial, o racismo, o Tribunal de Justiça cumpre com seu papel social de difundir os direitos essenciais da pessoa humana."A possibilidade de levar o meu trabalho, nessa parceria com o TJ, foi uma experiência importante nessa minha caminhada pelo reconhecimento da mulher negra como cidadã plena de direitos", comentou Marcela.
A exposição "O nome da resistência é mulher" fica até sexta-feira, dia 31, no hall do fórum de Pimenta Bueno.
Assessoria de Comunicação Institucional