Notícias Corregedoria Geral de Justiça
 
11/11/2023 04:34

O Dia Mundial da Adoção, comemorado em 9 de novembro, é dedicado a celebrar o encontro entre pessoas que têm a intenção ou já realizaram a adoção. Nesta ocasião especial, o Núcleo Psicossocial, a Vara de Proteção à Infância e Juventude e a Corregedoria Geral da Justiça de Rondônia, realizaram uma roda de conversa com o objetivo de promover a ferramenta Busca Ativa, voltada para proporcionar a oportunidade de adoção a crianças e adolescentes que são frequentemente negligenciados.

A Busca Ativa foca em três perfis especiais de adoção: crianças com necessidades especiais, grupos de irmãos e adolescentes. O encontro visou, sobretudo, além de reafirmar a importância da adoção na vida das crianças e dos futuros papais e mamães, promover a visibilidade a essas crianças e adolescentes que se encontram fora do perfil mais desejado por quem pretende adotar. Todo o trabalho de conscientização visa incentivar a consideração desses perfis como opções para adoção, cuidado e amor, visando extinguir preconceitos.


O juiz Flávio Melo, que responde pela Vara de Proteção à Infância e Juventude, esteve presente e destacou a relevância do programa Busca Ativa. “É importante registrar que a Busca Ativa amplia o leque de possibilidades para a adoção, oportunizando desmistificar um perfil mais restrito e preterido pela grande maioria da população. Todo esse trabalha faz parte de um processo de inclusão, daqueles que foram rejeitados, excluídos ou violentados por suas famílias naturais para, a partir de uma adoção, ter sua história ressignificada”, finalizou o magistrado,


Durante a manhã, pais e mães foram convidados a compartilhar suas experiências por meio da Busca Ativa, realizando o grande sonho de adotar uma criança. Casos como o de Érica e Giovani, que adotaram três irmãos, e Uslávia e Orlando, que estão adotando uma bebê com necessidades especiais, destacam como, ao longo do processo de adoção, os pais redefiniram sua idealização de uma "criança perfeita" por meio de encontros e reuniões com psicólogos(as) e assistentes sociais, percebendo que havia outras crianças disponíveis para serem amadas.


“Foi graças a Busca Ativa que encontramos nossos filhos. Esta é uma ferramenta muito eficaz que o sistema judiciário oferece para que nós, pais, pela via da adoção, possamos ter contato com realidades de perfis de crianças que muitas vezes ficam esquecidas por conta da idade ou vínculos com irmãos que estão aptos a adoção também. Somos muito gratos ao sistema judiciário por nos oferecer este recurso que nos permitiu completar nossa família”, comentou Érica de Oliveira Alves, que adotou, com seu esposo, Giovani Jacob Alves, um grupo de três irmãos. 

“Nós nos cadastramos no ano de 2013 no intuito de adotar uma criança normal sem nenhuma especialidade e recém nascido. Porém todavia, não tivemos êxodo, nenhuma criança nos foi apresentado. Então optamos pela mudança, aumentar a idade e com algumas especialidades dentre nossas condições financeiras e que nosso município oferecia acerca da demanda dessas especialidades”,  destacou Uslavia Gomes Rodrigues e Orlando Rodrigues da Costa, papais da pequena Sáffira.

Nesse trabalho, o papel dos psicólogos(as) e assistentes sociais no processo de adoção, ajudando os futuros pais a ressignificar suas expectativas e considerar crianças que talvez não estejam no perfil mais tradicionalmente desejado, é crucial. Essa abordagem mais ampla e inclusiva é fundamental para garantir que todas as crianças tenham a chance de encontrar um lar amoroso.

Assessoria de Comunicação Institucional 


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