O encontro será nos dias 8 e 9 de junho no auditório do MP
Tudo começou com a montagem do espetáculo Bizarrus, que revolucionou a vida de dezenas de presos que vivenciaram a arte como forma de ressocialização. A peça quebrou tabus e abriu caminho para o que em 2001 se tornou a Acuda - Associação Cultural de Desenvolvimento do Apenado e Egresso, uma instituição com exemplos exitosos de transformação e recuperação de mais de 1.500 pessoas que passaram pelo mundo do crime e agarram a chance de uma nova vida.
O modelo da Acuda, que busca a mudança interna do preso, para depois produzir as transformações sociais, será um dos temas do Encontro Anual de Juízes de Competência Penal, que acontece nos dias 8 e 9 de junho, no auditório do MP, em Porto Velho. O presidente da instituição, Luiz Marques, ministrará a palestra "Metodologia e atuação da Acuda nos seus 16 anos de atividade".
O Encontro Anual de Juízes com Competência Penal, realizado pela Corregedoria-Geral da Justiça, é dirigido a magistrados, assessores, acadêmicos e membros de instituições públicas ligadas ao sistema penal e de entidades não governamentais de apoio à população carcerária.
Acuda
A Acuda trabalha a ressocialização por meio da capacitação profissional, atendimento psicossocial e experiências de terapias complementares; Reiki, Meditação, Banho de Argila, Banho de Ervas Medicinais, aplicação de Cone Chinês, Yoga, Terapia Familiar, Gestalt e Massagem Ayurvédica. Além do Bizarrus, a associação também é responsável por projetos como Re-gresso, que já empregou mais de 400 presidiários do regime semiaberto e o projeto Vida Livre, que atendeu mais de 750 jovens em conflito com a lei, no qual os participantes receberam formação e incentivo.
Apac
Outro projeto de ressocialização destacado pelo Encontro é a Apac, cuja palestra será proferida por Valdeci Antônio Ferreira, que é diretor executivo da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), trabalhando no assessoramento de APACs no Brasil e no exterior, sendo um dos fundadores da associação. É autor dos livros “A Missão a Partir da Periferia do Mundo”, “Juntando Cacos, Resgatando Vidas”, e coautor do livro “Parceiros da Ressureição”. Bacharel em Ciências Jurídicas e em Ciências Teológicas, Ferreira soma a formação acadêmica à experiência de quem ajudou a colocar o sonho em prática.
A Apac nasceu em São José dos Campos-SP, em 18 de novembro de 1972, idealizada pelo advogado paulista Mário Ottoboni e um grupo de amigos cristãos, que se uniram com o objetivo de amenizar as constantes aflições vividas pela população prisional da cadeia pública de São José dos Campos. Em 1974, a associação, que existia apenas como grupo da Pastoral Penitenciária, ganha personalidade jurídica e passa a atuar no presídio Humaitá, da mesma cidade. A partir de 1986, o método Apac foi desenvolvido em Itaúna e de lá se expandiu para outras comarcas de Minas Gerais. O modelo de gestão prisional da Apac também está na pauta do Encontro Anual de Juízes com Competência Penal.
Assessoria de Comunicação Institucional